Fonte: Comando Local de Greve Docente

40 anos de movimento docente na UFSC

Fonte: Comando Local de Greve Docente Fonte: Comando Local de Greve Docente[/caption]

O Comando Local de Greve Docente da UFSC realiza desde hoje pela manhã uma mostra comemorativa dos 40 anos de movimento docente na universidade. Estão disponíveis materiais históricos riquíssimos e que mostram o longo percurso de lutas sindicais travadas pelos professores em defesa de uma educação superior pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada.

Não há como não comparar a mostra que está sendo realizada hoje com a semana de comemoração realizada pela APUFSC-Sindical. Na mostra organizada pelo Comando de Greve Docente vemos a elevação da história das lutas, a valorização da trajetória de colegas docentes de tantas gerações que passaram pela UFSC ao longo das últimas décadas e a sublimação da necessidade de mobilização para a categoria continuar escrevendo uma história de árduas conquistas. Na semana comemorativa da APUFSC-Sindical (22-26 de junho) as atividades organizadas foram: vivências de massagens, plantas medicinais, Tai Chi e assim por diante (veja aqui: http://tinyurl.com/pc2bcmd).

Nada contra as atividades de massagens e cuidados com a saúde, mas no momento em que a universidade pública brasileira e a categoria docente sofrem um ataque de proporções dantescas, todo o aparato sindical construído com as contribuições de valorosas gerações de lutadoras e lutadores docentes deveria estar disponível para a construção daquilo que é central: Movimento docente.

A APUFC-Sindical e sua atual direção parecem atuar claramente para colocar um fim na história das lutas docentes, atuando contra a sua própria categoria e contra todos os princípios que constituem uma universidade pública. Seu presidente, Wilson Erbs, em várias ocasiões – como ontem no conselho de curadores, vem indicando sua defesa na abertura processos trabalhistas e sindicâncias contra os professores que estão em greve. Além disso, todo o aparato do sindicato está hoje voltado para emitir ofícios, como os enviados aos chefes de departamentos e, mais recentemente, aos diretores de centro, para que coíbam a prática da greve e considerem-na ilegal.

Dado esse contexto que descrevemos em poucas pinceladas, nenhum professor e professora da base da APUFSC-Sindical pode mais se furtar ao papel de defender a história dos 40 anos de movimento docente na UFSC, pois todos devem isso às gerações passadas e as novas gerações que estão por vir. Não se trata – como alguns convenientemente gostariam – de que a base desse sindicato possa ainda se esconder atrás de incertezas especulativas em relação ao ANDES-SN. O que está em jogo efetivamente é o abandono do papel sindical da APUFSC-Sindical e sua transformação, já bastante avançada, em uma trincheira de lutas contra o movimento docente – claro, buscando se esconder atrás da fachada de uma mera associação recreativa.

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