[Notícia] Trabalhadores do BB paralisam suas atividades no dia de hoje

Imagem: Twitter da Contraf-CUT.

Morgana Martins – Redação UàE – 10/02/2021

Publicado originalmente em Universidade à Esquerda.

Em assembleia virtual no dia 5 deste mês, 87% dos bancários do Banco do Brasil (BB) deliberaram pela deflagração de estado de greve, assim como uma paralisação nacional de 24 horas no dia de hoje, quarta-feira (10). 

A greve e a paralisação são reações contra a reestruturação anunciada em janeiro pela direção do BB, prevendo o fechamento de agências e outras unidades, bem como um Plano de Demissões Voluntárias (PDV), que visa dispensar 5 mil trabalhadores, sob a justificativa de o banco se tornar mais competitivo e enfrentar novos concorrentes, como os novos bancos digitais, os quais vêm apresentando crescimento.

André Brandão, presidente do BB, acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem como meta encerrar a reestruturação até junho deste ano, para que os resultados apareçam no balanço do BB no segundo semestre. Bolsonaro chegou até mesmo a avaliar demitir Brandão devido à repercussão da medida, mas recuou após o pedido de Guedes.

Segundo Rita Mota, diretora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro, o processo de privatização do banco já começou, desde o plano de reestruturação, mas também na campanha feita por setores da mídia empresarial para “queimar” os funcionários do banco.

Além disso, diz que “a campanha é a mesma, já foi usada por Fernando Henrique Cardoso e tem que ser combatida por todos. E a forma de responder a este ataque covarde e imoral é através de uma mobilização coletiva nacional, que expresse a nossa indignação, sabendo que tudo isto está acontecendo porque trata-se de tentar desmoralizar o BB para justificar a sua privatização que já está em curso”.

Os bancários do BB também realizaram atos nacionais dos dias 15 e 21 de janeiro; bem como foi realizada uma paralisação nacional de 24 horas no dia 29 de janeiro, que contou com bastante adesão da categoria.

Kleytton Morais, presidente do Sindicato dos Bancários no DF, diz que “com a paralisação do dia 29 de janeiro e com a decretação agora do estado de greve, os bancários e bancárias do BB demonstram disposição de resistir e lutar, apesar de toda pressão, ameaças e perseguição da direção do banco”.

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