Imagem: Montagem UàE – Original: Redação UFSCàE no #29M
Flora Gomes – Publicado originalmente no Universidade à Esquerda – 19/06/2021
O Universidade à Esquerda realizou um balanço dos atos de hoje e informa que a cobertura do #19J estão encerradas em nosso jornal.
A indignação popular com o governo Bolsonaro tomou novamente as ruas no Brasil e no exterior. Estima-se que foram mais de 400 cidades em todo o país com a presença de manifestações contra o atual presidente. A revolta tem como mote uma lista ampla, pautando a contrariedade à gestão genocida na pandemia, os cortes orçamentários, as privatizações em curso, a reforma administrativa, entre outros. Hoje, infelizmente, o Brasil também atingiu a triste marca dos 500 mil mortos pela Covid-19.
Em diversas capitais da região Norte, como Rio Branco (AC), Manaus (AM) e Macapá (AP) os atos estão agendados para iniciarem agora à tarde. Em Belém (PA), pela manhã, milhares estiveram nas ruas contra Bolsonaro. Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Palmas (TO) também estavam com atos marcados.
No Nordeste, muitos foram às ruas. Em Recife (PE), onde no #29M houve forte repressão policial, neste #19J a população se manifestou com ainda mais força, mesmo debaixo de chuva. O grupo marchou em direção a avenida Conde de Boa Vista gritando “Fora Genocida” e exigindo o fim da militarização da polícia. Em Maceió (AL), a manifestação se concentrou na Praça Centenário por volta das 9h e encerrou apenas depois das 13h. Em Fortaleza (CE), a concentração iniciou às 15h e ainda estava gigante quando encerramos esta notícia. São Luís (MA) milhares estiveram às ruas exigindo vacinação em massa. Na capital do Piaui, Teresina, a manifestação realizou uma caminhada pelas principais ruas do centro, com paradas na Agência do INSS, Correios, Palácio do Karnak, seguindo pela avenida Frei Serafim, e encerrando o ato na Praça da Liberdade. Também estavam agendados atos em Salvador (BA) e João Pessoa (PB).
No Centro Oeste, a capital de Goiás, Goiânia, contou com a presença de milhares nas ruas. No ato houve, inclusive, a manifestação artística de alguns presentes. Em Cuiabá (MT), a manifestação estava agendada para ter início às 6h. Em Brasília, o ato esteve lotado logo cedo e contou com a participação da população indígena na frente do palácio do planalto.
No Sudeste, os atos foram gigantes. O Rio de Janeiro (RJ) encheu suas ruas de manifestantes, a cidade hoje pulsou o Fora Bolsonaro! Em São Paulo (SP) a manifestação iniciou agora a tarde e ainda está em curso. Houve mobilizações de grupos de ciclistas, movimentos sociais, partidos e milhares preenchendo às ruas de indignação. Em Belo Horizonte (MG), o ato também iniciou pela tarde e contou com muitos presentes. Em Vitória (ES) o ato estava marcado até a Assembléia Legislativa do estado.
Na região Sul a chuva tomou conta e impediu a realização de atos em algumas cidades, como em Florianópolis (SC). Em Curitiba (PR) o ato iniciou agora à tarde na Praça Santos Andrade. Em Porto Alegre (RS) o ato foi enorme:
Além dos atos em cidades no Brasil, em diversos outros países a população também se revoltou contra Bolsonaro.
Esses atos são extremamente importantes pois deixam explícita a indignação em relação aos absurdos da gestão Bolsonarista. A pauta do Fora Bolsonaro inclui uma série de questões chaves para o país. Em primeiro lugar, os atos têm se colocado contra a política genocida do governo, que hoje resultou na triste marca dos 500 mil pela Covid-19 no Brasil. Os absurdos revelados pela CPI revelam que Bolsonaro carrega o peso desses óbitos em suas costas. Em segundo, Bolsonaro tem rifado nosso patrimônio, acelerando a privatização de setores estratégicos. Também está na pauta do Fora Bolsonaro a defesa da universidade pública e a luta contra os cortes orçamentários e nas pesquisas. Por fim, também tem se lutado contra a Reforma Administrativa, que visa destruir os serviços público e os últimos bastiões dos direitos trabalhistas.
Os atos de hoje foram uma demonstração de força importante contra estes absurdos e devem continuar reunindo os interesses da nossa classe.