Imagem: Reprodução/Sinpro-Guarulhos.
Caroline Custódio – Redação Universidade à Esquerda – 08/07/2021
O grupo educacional União Nacional das Instituições de Ensino Superior Privadas (Uniesp) demitiu, no dia de ontem (7), professores que se encontravam em greve por conta de atraso de pagamentos de salário.
Após quase um mês de greve, a Uniesp demitiu todos os professores e professoras grevistas da unidade de Guarulhos, como forma de retaliar e golpear a luta que os trabalhadores da educação vêm construindo na rede privada.
As informações nos foram disponibilizadas pelo Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos (Sinpro/Guarulhos).
Os professores encontravam-se em greve para lutar contra as ilegalidades trabalhistas que a instituição vem colocando em prática já há anos, e que se intensificam desde o início da pandemia. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial referente ainda aos anos de 2018/2019, pagamento do FGTS e quitação de período de férias.
Os professores denunciam que os atrasos salariais são recorrentes e que é inadmissível permanecer com os salários congelados desde, pelo menos, 2017.
A Uniesp, em comunicado publicado ontem (7), alegou, de forma mentirosa, que as demissões se deram apenas por questões de reajuste financeiro e que jamais deixou de cumprir com suas obrigações com os trabalhadores. Além de exigir que os professores trabalhem em condições extremamente injustas e demiti-los como forma de retaliação, ainda tentam falsear a realidade enfrentada pelos trabalhadores da educação na rede privada.
Confira a nota publicada pelo Sinpro/Guarulhos: