Foto: Adunimontes.
Morgana Martins – Redação UàE – 28/03/2022
Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) deliberaram greve por tempo indeterminado no dia 18 de março. A categoria paralisou as atividades, criou um Comando Geral de Greve e realiza diversas ações para que o governo mineiro negocie com a categoria.
As professoras e os professores da Uemg se juntaram à greve docente da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em greve desde o dia 9 de março. Os docentes das duas universidades estão passando por perdas salariais, remuneração fragmentada e com não pagamento do regime de dedicação exclusiva.
As razões que levaram a categoria a paralisar suas atividades ainda incluem o não cumprimento do Acordo de Greve de 2016, a não continuidade das nomeações gerais, a precarização do trabalho docente, o descaso do governo com a profissão e o Regime de Recuperação Fiscal.
A decisão judicial do Acordo de Greve de 2016 e 2018, pauta da greve, previa incorporações das gratificações, implementação do plano de carreira, pagamento das Dedicações Exclusivas e ajustes na condição funcional de professores(as) de 20h para 40h.
Ainda, previa melhoria das condições estruturais e sanitárias para retorno às aulas presenciais, de modo que sejam garantidas condições sanitárias e plano de retorno das atividades docentes e discentes de forma segura, melhorias no espaço físico e garantia no transporte de docentes para os campi.
Aqui você pode conferir algumas atividades realizadas na Unimontes.
A diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) publicou notas em apoio aos docentes das duas universidades, afirmando no apoio aos professores da Unimontes que “o governo de Zema em Minas Gerais caminha na mesma lógica da política bolsonarista de ataque à educação e aos serviços públicos. A dita nova política aprofunda a lógica liberal que tira o dinheiro dos serviços públicos e coloca-o à disposição dos interesses privados, como tem sido o caso da tentativa diária de Zema de privatização das estatais mineiras.” e no apoio aos professores da Uemg que reconhece “a importância da luta da ADUEMG e de outros sindicatos mineiros para o fortalecimento da luta de toda a classe trabalhadora no Brasil”.