Beatriz Costa – Redação UFSC à Esquerda – 06/05/2022
Ontem no horário do almoço, estudantes da graduação e da pós-graduação, juntamente com os Técnicos Administrativos em Educação que estão em greve, se reuniram em frente ao RU em ato e depois levaram uma carta de reivindicações por permanência para a reitoria.
O ato foi organizado pela APG, DCE e centros acadêmicos, como CALPSI, CALPE e CALISS, e contou com a participação da bateria da greve dos TAEs e de representante do DCE da UDESC, que fez uma fala contando sobre a situação do RU na universidade estadual.
Camilla Amorim, do Comando de Greve dos TAEs, também fez uma fala no ato convidando à luta. Os Técnicos, que estão em greve já há um mês, têm lutado também pelo não aumento do passe do RU para a categoria.
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Entre os gritos entoados pelos manifestantes “Alimentação é um direito, não ao agendamento”
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Também foram colados cartazes pelo restaurante universitário denunciando a situação enfrentada pelos estudantes diariamente.
Na reitoria, a estudante Rita Pereira fez a leitura da carta de reivindicações construída conjuntamente pelas entidades. O reitor não estava presente, então os manifestantes fizeram uma intervenção e um novo ato ficou agendado para a próxima quinta-feira, às 11h, na reitoria.
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Confira a carta que foi lida e entregue à reitoria e alguns registros do ato:
“Desde o momento em que o RU reabriu, a burocracia e cerceamento do acesso passaram a compor sua nova história. Num primeiro momento, em março, o RU ficou aberto apenas para a pós-graduação. No início de abril, todos passaram a ter acesso a ele, mediado pelo agendamento online. Mas agora que estamos em aula, o agendamento passou a controlar quem acessa essa política de assistência estudantil — a única política universal que temos para estudantes da UFSC. Esse controle formou gargalos nas filas, fazendo que nas primeiras semanas elas fossem recordistas. Nunca vimos filas tão longas, que chegassem até a arquitetura e o Colégio de Aplicação.
Já ouvimos muitas justificativas sobre o porquê do agendamento: que ele garante controle do desperdício, que é para assegurar que não se tenha lotação do espaço. Mas sabemos que tudo isso poderia ser feito de outros modos, como o desperdiçômetro, além de que a lotação não está sendo cumprida.
Nos questionamos: a que serve tamanho controle? Agora que a reitoria pode mandar e desmandar em quem acessa o RU, de que forma isso será usado? Sabemos que a favor de nós não será, pois não houve pudor na hora de ordenar que terceirizados impedissem estudantes de comer.
Por tudo isso, reivindicamos:
- Fim da política de agendamento do RU
- Ampliação da estrutura do RU
- Extensão do horário do RU
- Manutenção do preço do RU para estudantes e TAES
Também exigimos:
- Manutenção e ampliação de bolsas de permanência e assistência estudantil
- Manutenção e regularização das questões de estrutura da universidade para garantir nossa segurança
- Aceleração da abertura das lanchonetes
- Mais bebedouros e água potável nos centros de ensino
- Ampliação das vagas das turmas
- Contratação de docentes e equipes de segurança para garantir o uso da universidade também a noite
- Mais linhas de ônibus para a UFSC
- Permanência da feirinha.
Carta construída coletivamente pelas entidades que organizaram o ato.”