Imagem: Edição UàE/ Original: Mídia Ninja
Renato Milis* – Redação UàE – 30/10/2022
As denúncias sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizadas hoje são gravíssimas. As 560 operações, das quais ao menos 272 foram no Nordeste, produziram tumulto e dificuldades para que grandes contingentes de eleitores pudessem alcançar seus colégios eleitorais.
A situação se torna ainda mais séria em função de dois fatores: a proibição da realização de operações dessa natureza pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ignorada por seu diretor-geral, Silvinei Vasques e a denúncia publicada pelo jornalista Lauro Jardim de que as operações teriam sido traçadas no dia 19/10/22 no Palácio da Alvorada com o núcleo da campanha de Jair Bolsonaro.
O mais absurdo da situação é que ela dá conta da instrumentalização feita pela alta cúpula da PRF, possivelmente seguindo diretrizes do núcleo do Bolsonarismo, do aparelho e do corpo de policiais rodoviários federais. A resposta do ministro do Supremo Tribunal Federal, e presidente do TSE, Alexandre de Moraes foi muito aquém do que a situação exigia. A cúpula da PRF deve ser punida frente a insubordinação e a instrumentalização do órgão. A nota da FENAPRF demonstra que há entre os policiais rodoviários federais aqueles que não compactuam com esse tipo de ação. O povo trabalhador brasileiro não permitirá que a direção geral da PRF e alta cúpula do Bolsonarismo usem do aparelho policial em seu favor.
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