Imagem: Ilustração “Greve Geral” de UFSC à Esquerda sobre foto das jornadas de junho de 2013 de Mídia Ninja
José Braga – Redação UàE – 29/06/2017
Nesta quarta-feira, 28 de junho, os docentes reunidos em assembleia decidiram pela adesão a greve geral dos trabalhadores. Em nota o ANDES-UFSC afirma que a greve se tornou ainda mais importante com a aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A greve geral deste dia 30 de junho é um ato da classe trabalhadora contra as reformas, trabalhistas e da previdência, a lei das terceirizações irrestritas e pela queda do governo.
Também na quarta-feira os estudantes decidiram por participar das mobilizações do dia 30. Os Técnicos Administrativos em Educação realizaram assembleia no dia 22 e deliberaram por cruzar os braços junto a greve geral. Os estudantes da pós-graduação também se reuniram em assembleia, no dia 26, e decidiram pela adesão a greve, paralisando as atividades acadêmicas nesta sexta. Em nota a Associação dos Pós-Graduandos localiza as reformas trabalhista e da previdência com o conjunto de interesses de distintas frações burguesas e indica que elas tem o sentido de beneficiar o capital. Leia nota na íntegra:
Nota Pública APG/UFSC Posicionamento estudantil da pós-graduação frente a Greve Geral de 30 de Junho de 2017
As/os estudantes de pós-graduação da UFSC, reunidos em Assembleia convocada pela Associação de Pós-Graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina (APG/UFSC), realizada no dia 26 de junho de 2017, às 14 horas, no Centro de Convivência da UFSC deliberaram por unanimidade à adesão à Greve Geral do dia 30 de junho e, consequentemente, à paralisação das atividades acadêmicas neste dia.Foi decidido pela construção das atividades articuladas pelo Fórum de Lutas em Defesa dos Direitos, o qual a APG/UFSC é integrante. Durante a Assembleia fez-se presente o debate que as reformas trabalhistas e da previdência carregam consigo o discurso camuflado de agentes da sociedade civil ligados ao mercado, escondendo que as mesmas visam por esfacelar a legislação trabalhista, em uma retirada sem precedentes de direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora, tensionando a relação capital-trabalho em prol desta primeira.Entidades como a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismos) e todas as suas respectivas Federações Estaduais, como a FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) são propulsoras desses projetos e, em uma relação promíscua com o aparelho de Estado, este tomado por toda uma corja golpista, procuram nos enganar com um discurso falacioso. É afirmado que as reformas em curso – e, através delas, a flexibilização das leis trabalhistas, a negociação coletiva, a ampliação da jornada de trabalho, a redução do horário do almoço, o fatiamento das férias, a desconsideração do translado para o trabalho, entre outros do pacote de maldades – possam ser favoráveis aos trabalhadores, o que é facilmente identificável como mentiroso ao se olhar para estas propostas e para a precarização corrente das relações de trabalho já existentes.Cabe às entidades combativas e a todas e todos que se indignam com esse projeto degradante imposto ao povo trabalhador partir para ações contra-ofensivas visando desmascarar suas ações e mostrando toda sua desfaçatez.Portanto, dia 30 é GREVE GERAL! NENHUM DIREITO A MENOS!APG/ UFSC Gestão 2016/2017 – Resistir e Lutar, Pós Popular.