Foto: Luís Carlos Cancellier – Cerimonia de Posse – Por Henrique Almeida/Agecom
José Braga – Redação UàE – 07/08/2017
Nesta semana, o reitor Cancellier recebeu o Cônsul Geral de Israel para debater uma proposta de Parceria Público Privada para a criação de startups. Estiveram na reunião representantes da Secretaria de Relações Internacionais da UFSC, a presidente da associação israelita catarinense e da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.
De acordo com o comunicado institucional do Gabinete da Reitoria, Cancellier teria indicado que a reitoria “está aberta a parcerias com a iniciativa privada”. O comunicado afirma ainda que o reitor pode ir a Israel em novembro para negociar a proposta e que em contrapartida o Cônsul realizaria palestras sobre História e Ciências Políticas na UFSC (sic).
A política da gestão fala por si: em meio à crise econômica e social que vive o país e os brutais ataques à universidade pública (que tem seus orçamentos devastados pelo governo federal nos últimos anos) a reitoria não apenas “está aberta”, mas busca ativamente pelas parcerias com a iniciativa privada. Este tem sido o compromisso da reitoria de Cancellier – voltar os esforços da universidade para atender os interesses empresariais.
Neste caso, há uma dupla afronta ao sentido público da universidade. Não apenas coloca a produção de conhecimento e a formação dos estudantes a serviço de interesses particulares, mas o faz em parceria com o Estado de Israel – que violenta abertamente o povo palestino. Mais uma evidência de que em nome do pragmatismo de mercado esta universidade está pronta para abandonar qualquer compromisso com a vida dos povos