Luiz Costa – Redação UàE – 08/06/2018
Em menos de uma semana dois casos de homicídios aconteceram no entorno da UFSC. A fim de promover medidas contra violência na região, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) e os órgãos de segurança pública em Florianópolis se reuniram nesta quinta-feira (7).
Os casos de violência, que tomaram expressão após duas mortes, acontecem principalmente na rua Edu Vieira, onde se localizam os bares da Pantanal, comumente frequentado por estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
No último sábado (2), um adolescente de 16 anos foi morto por uma arma de fogo, em frente aos bares da região. Na terça-feira desta semana (5), um jovem de 25 anos, internado desde 28 de maio após ser espancado perto da UFSC, não resistiu.
Na reunião do MP e órgãos de segurança pública, estavam presentes os Promotores Eduardo Paladino e Daniel Paladino, a polícia Militar e Civil, da Guarda Municipal de Florianópolis, da UFSC e do Conseg (conselho de Segurança Comunitário da Bacia do Itacorubi).
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Dos quatro bares da região, um foi fechado por falta de alvará e os outros três tiveram que reduzir seu horário de funcionamento, das 2 horas da manhã para a meia-noite.
A Polícia Militar se comprometeu a promover a aplicação de multas e recolhimento de veículos estacionados nas áreas não permitidas naquela região.
Os gerentes dos bares se comprometeram a impedir a propagação de música no interior dos estabelecimentos, salvo nos casos em que já exista uma licença ambiental vigente autorizando a prática.
Um dos locais que apresenta mais risco atualmente é um bolsão que fica próxima a saída da UFSC ao bairro Pantanal e está passando por obras de duplicação. O local está sem iluminação e impedido de ser cercado. O Promotor de Justiça Daniel Paladino sugeriu que se promova o isolamento ou fechamento da área.
A prefeitura se comprometeu com melhorias na iluminação e também na sinalização de trânsito no local, como placas que evidenciem a proibição de estacionamento na rua que fica à margem da UFSC.
No dia 21 haverá uma segunda reunião envolvendo o MP-SC e os órgãos de segurança para debater a eficácia das medidas tomadas.
Os moradores do bairro criaram um grupo no WhatsApp, chamado Anti Bar para se comunicar e acionar a PM em casos de perturbação. Segundo Ana Cláudia, presidente do Conseg da Bacia do Itacorubi, a preocupação maior dos moradores é com o som alto, porém ela diz que os crimes também devem ser levados em consideração.
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