Sobre os efeitos do endividamento público ilegal sobre os povos

  Impérios e Vítimas   Assim são os impérios. Instalam sanguessugas vorazes No flanco dos países subjugados, E, gota a gota, dólar a dólar, sugam-lhes O ouro, o trabalho, a cultura, a vida. Impõem sobre eles pesados tributos, Exigindo o cumprimento inflexível De leis, metas e acordos unilaterais. Com esses e outros mecanismos, Arquitetam, por anos e décadas a fio, Saques históricos e programados. Depois, não satisfeitos ainda com a extorsão, Enviam os abutres do FMI e de outros organismos, Com pastas e roupas pretas, expressão grave e felina, Para triturar e raspar até o último dos ossos Toda a carniça que possam encontrar. Quando a vítima entra em agonia, Ocupam confortavelmente seus tronos, Assistindo de cima as turbulências e convulsões Das turbas famintas, cegas e insubordinadas Que, aos gritos de revolta, vão tomando ruas e praças. Do alto de suas torres e mansões, Ao abrigo de contas bancárias fabulosas, Contemplam indiferentes e a uma segura distância O espetáculo da fome e da miséria, do medo e da morte, Isentando-se de toda responsabilidade sobre o crime. Com olhares de águia assassina, Põem-se logo a sobrevoar todo o planeta, Degustando com apetite insaciável As riquezas e os juros da próxima vítima. ]]>

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