Na manhã desta segunda-feira (15), a professora do Instituto Federal de Goiás (IFG), Camila Marques, foi presa dentro do campus Águas Lindas onde ela leciona.

[Notícia] ANDES se manifesta sobre prisão arbitrária de professora dentro de Instituto Federal

Foto: Professora Camila Marques no III ENE; Brasília/DF; por Comunicação ENE

Luiz Costa – Redação UàE – 15/04/2019

Na manhã desta segunda-feira (15), a professora do Instituto Federal de Goiás (IFG), Camila Marques, foi presa dentro do campus Águas Lindas onde ela leciona. Camila é dirigente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES – SN) se manifestou em solidariedade. Segundo informações de sindicatos e movimentos sociais, a entrada de policiais no campus se deu desde o início da manhã, sem esclarecimentos da justificativa de tal ação até o momento, com o absurdo intuito de interrogar estudantes dentro de sala de aula.

A professora foi presa por desacato após impedir a entrada dos policiais em sua sala de aula. Camila já vinha sofrendo perseguição e acusações de fazer doutrinação em sala. A Assessoria Jurídica do SINASEFE a estava acompanhando e informou que ela foi liberada às 13h10.

Confira a nota do ANDES-SN na íntegra:

Nota sobre a prisão da dirigente do Sinasefe Camila Marques

Na manhã desse dia 15 de abril, tivemos conhecimento da prisão, em sala de aula, de Camila Marques, professora do Instituto Federal de Águas Lindas-GO e Coordenadora Geral do SINASEFE. Até o momento não temos informações precisas sobre o ocorrido, mas desde já prestamos a nossa solidariedade com a companheira e ao SINASEFE.

O ANDES-SN considera injustificada a prisão de professore(a)s em seu ambiente de trabalho e compreende que essa é uma forma de tentar intimidar educadore(a)s e lutadore(a)s que buscam em sua prática cotidiana construir a educação pública, gratuita, laica, democrática e socialmente referenciada.

Também registramos nossa total indignação diante da entrada da polícia civil em espaços educacionais para cumprir diligências que não sejam única e exclusivamente para defenderem estudantes, professore(a)s, técnico(a)s-administrativo(a)s e demais funcionário(a)s.

Nos solidarizamos com a companheira Camila e estamos colocando nossa assessoria jurídica e o nosso apoio político à disposição.  

Fascistas, não passarão!

Liberdade aos que educam!

Pela liberdade imediata de Camila Marques!

Brasília(DF), 15 de abril de 2019.

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

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