Foto: ANDES Sindicato Nacional.
José Braga – Redação UàE – 13/03/2020
A paralisação do dia 18 de março vai mobilizar as universidades no Brasil. Professores em ao menos 44 universidades devem parar às atividades, com o mote: “Ou paramos o país ou Bolsonaro e Rodrigo Maia vão destruir a educação pública”.
A paralisação tem sido chamada desde o ano passado por entidades e movimentos da educação e do serviço público. Os ataques dos empresários e da extrema-direita aos trabalhadores tem passado diretamente pela destruição da educação pública e dos serviços públicos que executam às políticas sociais mais significativas para a classe trabalhadora: como os servidores da educação, da saúde, da previdência e da assistência social.
Com a convocação de Bolsonaro e da extrema-direita para atos no dia 15 de março, a luta dos trabalhadores no dia 18 ganhou ainda mais importância. Entenda: Bolsonaro endossou a convocação de um ato que tem sido chamado nas redes sociais pela extrema-direita contra o congresso e o judiciário, em apoio a Bolsonaro e suas medidas.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES/SN) tem convocado os professores com 09 motivos para parar no 18 de março. São eles:
- Em defesa da educação pública e gratuita;
- Pela revogação da MP 914 (Medida Provisória que torna mais restrita a democracia interna das unviersidades), contra as intervenções nas Instituições de Ensino Superior e em defesa da autonomia e da democracia nas instituições;
- Pela imediata recomposição do orçamento das Universidades, Institutos Federais de Educação e Centros Federais de Educação Tecnológica;
- Pela imediata liberação dos concursos públicos;
- Pelo direito à capacitação e qualificação docente;
- Pela recomposição do orçamento da Ciência e Tecnologia Públicas e da CAPES e CNPQ;
- Contra os programas Future-se e Novos Caminhos;
- Para barrar os sucessivos ataques aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários das trabalhadoras e trabalhadores;
- Pela revogação da Emenda Constitucional 95.
Com isso chamam também pela construção da greve (por tempo indeterminado) dos servidores públicos e da educação. Confira as 44 universidades em que os docentes vão parar no dia 18:
- Universidade Federal do Mato Grosso
- Universidade Federal de São João del Rey – MG
- Universidade do Estado da Bahia
- Universidade Estadual de Feira de Santana – BA
- Universidade Federal da Integração Latino-Americana
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná
- Universidade Federal de Alagoas AL
- Universidade do Estado do Mato Grosso
- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
- Universidade Federal do Pará
- Universidade do Estado do Pará
- Universidade Federal do Espírito Santo
- Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
- Universidade Estadual do Norte Fluminense
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
- Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
- Universidade Federal do Estado de São Paulo
- 18 Universidade Federal de Lavras
- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – MG
- Universidade Federal de Campina Grande – PB
- Instituto Federal do Piauí
- Universidade Federal de Sergipe
- Universidade Federal de Roraima
- Universidade do Estado da Paraíba
- Universidade Federal do Rio Grande – RS
- Universidade Federal da Paraíba
- Universidade de Brasília
- Universidade Estadual de Montes Claros -MG
- Universidade Federal do Paraná
- Universidade Federal do Pampa – RS
- Universidade Estadual de Campinas -SP
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Universidade Federal Fluminense – RJ
- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- Universidade Federal de Pelotas – RS
- 38.Universidade Federal do Tocantins
- Universidade Federal de Catalão – GO
- Universidade Federal de Santa Maria – RS
- Universidade Federal de Goiás – Campus de Goiânia
- Universidade Federal de São Carlos – SP
- Universidade Federal de Minas Gerais
- Universidade Federal da Bahia
Na Universidade Federal de Santa Catarina, está aberta uma votação on-line da associação de professores (que não é vinculada a nenhum sindicato nacional) para decidir a paralisação. A votação fica aberta aos filiados até domingo, 15 de março, às 18 horas.