Ana Júlia – Redação UàE – 28/04/2020
No dia 20 de abril, o Governador Carlos Moisés, em coletiva de imprensa, anunciou a flexibilização da quarentena, permitindo a liberação, a partir do dia 21 de abril, da abertura de igrejas e templos religiosos e, a partir do dia 22 de abril, o funcionamento de shoppings, academias, restaurantes e a permissão para realização de atividades físicas ao ar livre no estado de Santa Catarina. Porém, a partir de então, o número de casos passou a crescer ainda mais.
Blumenau, cidade em que a flexibilização levou uma multidão na reabertura de um shopping e foi destaque na mídia na semana passada, passou de 95 casos para 167 do dia 20 ao 26 de abril. Ou seja, teve um aumento de 75% no número de seus casos nesse período. A cidade teve o aumento de 37 casos no dia 26 de abril e 25 casos no dia 25. Segundo um estudo conduzido pela Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins, os sintomas podem aparecer 5 dias após o contato com o vírus, mas é após 12 dias que se tem a confirmação total de infectados, o que indica que ainda podemos ver o número de casos aumentar na cidade e em Santa Catarina.
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Em Chapecó, no último boletim atualizado pela Prefeitura divulgado no dia 26 deste mês, anunciou 22 casos de COVID-19, triplicando os casos em 48h na cidade, a qual também conta com 48 casos a serem confirmados. A cidade de Irani conta com 20 casos confirmados, aguarda a confirmação de outros 15 testes em análise do Laboratório Central – Lacen em Florianópolis e possui 57 pacientes sendo monitorados sem teste.
Também no domingo, o Governo do estado de Santa Catarina anunciou que há 1.337 casos confirmados no estado, espalhados por 112 municípios; os mais recentes incluídos na lista são Itá, Ponte Serrada, Tunápolis, Turvo e Xavantina. O número de mortes no estado é de 43 pacientes.
Até o momento, a quarentena (ou isolamento) é o mais indicado para o controle da contaminação. Porém, o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, afirmou que “nas ruas os hábitos estão se tornando frequentes e rotineiros. As pessoas estão usando máscaras, álcool e frequentando ambientes que obedecem as normativas estabelecidas pelo Estado”, e por isso a flexibilização foi anunciada, mesmo indo na contramão da indicação da OMS.