Quem retornou na semana passada para as aulas na Universidade Federal de Santa Catarina se deparou com uma nova surpresa: o primeiro passo para o cercamento do campus foi dado por Roselane Neckel, atual reitora. No principio do: “instalamos, mas não sabemos se vamos usar” as cercas amarelas (além de feias) representam uma espécie de cereja no bolo: para uma reitora eleita numa plataforma de promessas que se sustentava em um único pilar – a democracia universitária para escolher “qual UFSC queremos” – Roselane mostrou-se mais do mesmo! Nenhum debate, nenhuma alteração na estrutura de tomada de decisões na UFSC. Os prometidos Fóruns de debates não aconteceram. Desde que assumiu a reitoria, só houve prioridades muito seletivas para a atual gestão: comprar um edifício milionário para alocar setores da própria administração, eleger diretores de centros politicamente alinhados com seu gabinete e se justificar continuamente para o Grupo RBS.
Roselane parece prometer a UFSC do século XVII
Toda a comunidade universitária está alarmada com a falta de segurança para transitar no campus e nos seus entornos. Inúmeros assaltos, alguns deles violentos, trouxeram a UFSC para o contato direto com uma realidade: a insegurança pública de Florianópolis. Foi desde o inicio do ano que os assaltos passaram a chamar mais atenção, sendo inclusive elemento de debate entre as chapas que concorreram do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e vêm sendo noticiados ad nauseam pelo grupo RBS. R que é isso que agora chama a atenção?
O primeiro passo para compreender o fenômeno é questionar: POR QUÊ AGORA? Os roubos já existiam antes: carteiras, celulares, computadores e carros foram roubados inúmeras vezes. Contudo, o que temos agora é diferentes. Assaltos à comunidade com facas e revólveres, disputas entre grupos rivais que desembocam em pancadaria, sequestro e espancamentos. O padrão das abordagens mudou. Se tornaram mais violentas e consequentemente estamos com mais medo.
A UFSC poderia apostar em cercar o campus, armar os seguranças, proibir festas estudantis ou soltar os cachorros em cima da criançada que solta pipa na praça da cidadania. Assim, como a segurança pública de Florianópolis pode apostar em aumentar a violência nos morros. Enfim, podemos fazer todas essas coisas que os corações mais conservadores e aflitos pedem nessas horas. Mas não podemos dar de costas, porque no fim, em algum dos cantos escuros do campus a comunidade universitária vai sofrer na carne as consequências. O fato é que quanto mais interditada do campus a realidade social de Florianópolis estiver, poderemos até encontrar com ela menos vezes em nossos dias, mas quando encontrarmos ela vai deixar cicatrizes difíceis de apagar. Quanto maior o investimento no aparato coercitivo, mais violenta é também a resposta desse sujeito que nos aborda pelas noites e madrugadas.
Pense em quem é essa figura mítica do “pivetinho”. Essa figura que vive ai no imaginário urbano das cidades brasileiras, que pode ser encontrada com frequência maior ou menor na proporção direta à concentração da renda proporcionada pelos processos mais bárbaros de produção privada dos meios de vida. Esse piá que viu a vó morrer aos cinquenta na mesma peleia na qual a mãe agora também se casca, que é esse trabalho ingrato de tirar chiclete de “playboyzinho” do chão das salas de aula da UFSC, recebendo um salário miserável de terceirizado, sob a ameaça cotidiana de ser mandada pra rua do dia pra noite. Esse piá que sabe que nunca vai entrar nessa universidade com um livro embaixo do braço, que olha a estudantada comer no RU por 1,50 mas tem que pagar 10 pila num prato meia boca de comida, que agora não pode mais nem soltar pipa sem levar safanão. Esse piá, quando rouba um estudante da UFSC, faz isso com raiva. Faz isso, com o pior tipo de raiva, que é aquela de quem não tem mais quase nada a perder e muito pouco a ganhar.
Assim, nesse cenário terrível que é a UFSC depois que anoitece, nos vemos às voltas com essa realidade dura e raivosa que a UFSC cria nos morros ao seu redor, a fim de garantir um contrato mais baixo pra si nos contratos de trabalho terceirizado, e ao mesmo tempo muito rentável pros sócios dessas empresas.
O que fazer?
Longe de partir do pressuposto de que uma cabeça sozinha consiga fazer mais do que um ligeiro esboço, estas propostas são um pontapé inicial. O limite delas é, desde sua formulação, por serem expressões particulares. E são particulares por não poderem ser coletivas hoje. Não há espaço para a formulação coletiva do problema e de suas soluções, então como poderia ser diferente?
Essa reitoria foi eleita com a principal proposta de debater as grandes questões da UFSC com toda a comunidade universitária, mas disso, nada fez. Todas as grandes questões estão centradas no gabinete da reitora. Se não se convoca a UFSC a pensar, como podem surgir propostas coletivas?
As propostas que seguem são também um grito, uma exigência de uma democracia que vá para além da demagogia torpe que só tem serventia àqueles que querem esvaziar o desejo de mudança. A face horrenda da pura retórica propagandista de época de eleições é que, findo o pleito, ao abandonar os princípios éticos e políticos que garantiram a vitória, no senso comum, como é como se fosse uma confirmação ao melhor estilo do “tanto faz, todos os candidatos são iguais”, “ninguém faz nada depois que se elege” e assim por diante. O que estamos afirmando é a racionalização desse sentimento honesto das pessoas: Não! É possível sim fazer as coisas diferentemente, se esse ou aquele reitor não o cumpriu com o compromisso político que o elegeu, coloquemos a roda da história a girar: vamos obriga-lo pela força esmagadora das massas! Ou faz, ou sai!
Nada mais grotesco do que primeiro mandar instalar portões nas rótulas da UFSC e depois convocar um fórum não deliberativo para discutir o que fazer. Nada mais difícil de engolir do que esse discurso de “mandamos instalar, mas ainda não sabemos se vamos usar”, típico resquício do patrimonialismo, que faz os gestores pensarem que a ação discricionária no uso do dinheiro público não segue nenhum outro princípio político além de suas próprias vontades. Queremos participar diretamente das decisões que usam o dinheiro da nação. No mínimo uma frase dessas deveria gerar ação da comunidade por má administração do dinheiro público.
Mas enfim, o que fazer? Ao menos duas coisas: 1) plano de medidas imediatas e 2) o enfrentamento das questões relativas à segurança pública desde uma perspectiva radical – que vai à raiz das coisas, ao invés de se manter na conveniente superfície.
1) Plano de medidas imediatas
O problema é grave, tantos casos já ocorreram – professores, técnicos administrativos e estudantes foram roubados em episódios de violência, voltar para casa se tornou questão de sorte. Isso precisa ser racionalmente e coletivamente pensados. Três medidas podem ser tomadas hoje mesmo:
a) iluminação do campus: É vergonhoso passar na UFSC à noite: todas as luzes do campus dirigem-se à um só foco, a reitoria. É o único prédio da universidade onde há iluminação no seu entorno. Quando assistimos a uma cena como essa, temos a certeza de quais são as prioridades da gestão da universidade hoje. Mais de um século de psicanálise não nos deixa dúvida quando nos deparamos com essas narrativas, todos os gestos fazem significado! Enquanto as pessoas ficam largadas à possibilidade de que sejam roubadas, assaltadas, espancadas ou estupradas na imensa escuridão do campus, o prédio da reitoria ergue-se majestoso, iluminado, impecável. Essa excessiva preocupação com a imagem, que esmaga o zelo pela segurança da comunidade não estaria por detrás do fato de que a gestão atual preocupa-se mais com o que passa no Jornal do Almoço, do que o que pensam trabalhadores e estudantes da própria universidade? Não estaria ai essa resposta cínica dos portões para carros, em resposta às acusações bocós da RBS? Parece que o mais importante é é sustentar a imagem, construir essa narrativa de uma reitoria que sofre as “terríveis” críticas da imprensa conservadora.
b) Movimentar o campus: o primeiro motivo pelo qual fechar a circulação para carros na UFSC é ineficaz para oferecer segurança é por produzir seu inverso imediato, cria ainda mais insegurança para as pessoas. Com a ausência das Horas Felizes, os bares se tornaram a alternativa comum para os estudantes. A ausência desses momentos de confraternização estudantil é terrível em diversos aspectos, apenas um deles é – por exemplo – que um estudante que sai do pantanal durante a madrugada e que tiver que voltar para sua casa na carvoeira tem duas alternativas: dar a volta em toda a extensão do campus, ou arriscar a sorte e atravessá-lo por dentro. Sem carros, inclusive os carros da ronda da segurança interna da UFSC, com a escuridão, sem dúvidas ele fica submetido à um jogo de azar muito injusto (é difícil decidir qual o caminho mais perigoso, circundar o campus ou atravessá-lo). A solução esta em seu oposto, precisamos do movimento de pessoas no campus.
Quando o Diretório Central dos Estudantes debateu a BU 24 horas foi, entre outras coisas, por ser facilmente realizável, exigir baixo investimento e trazer movimento para o campus ao longo da noite. Isso, obviamente demanda que a UFSC crie segurança não apenas patrimonial, mas segurança para pessoas!
c) Abrir ainda mais o campus da UFSC para TODA a cidade: movimentar o campus e estabelecer uma relação congruente com as comunidades do entorno da UFSC é urgente. Enquanto as crianças apanharem por soltar pipa; as pessoas rirem quando os ufscães correm atrás da tia ou do tio das latinhas, os estudantes contratarem segurança privada que desconhece a realidade das festas na UFSC (portanto, pessoas não treinadas para contornar situações simples sem sacar uma arma) e todas essas cenas grotescas de interdição simbólica da entrada da pobreza no campus continuarem se perpetuando (ou se aprofundando, no caso do cercamento cínico do campus), o contato com a realidade que a UFSC mesma cria continuará sendo violento.
Há um deserto no terreno das artes da UFSC, de arte como convívio de pessoas! É possível trazer as comunidades do entorno para dentro do campus para fazer coisas melhores, edificar essa relação através do que há de mais genuíno, a arte e o conhecimento. A reitoria tem o imperativo ético de abrir a UFSC, criar espaços artísticos de convivência com a vida de toda a cidade. É preciso criar movimentação no campus para além das festas. A “mostra de cultura comunitária” e a “Semana de arte popular” foram experiências nesse sentido, promovidas pelo Diretório Central dos Estudantes. A arte tem que parar se concentrar em semanas e eventos esporádicos, ela tem que ser cotidiana – e não vai ser se não tiver dinheiro, espaço e estrutura administrativa à disposição. Enquanto a concha acústica (CCE) e o palco do bosque (CFH) forem tratados como patrimônio de centros e seu uso depender da vontade de direções de centro, por exemplo, a força e expressão criativa da juventude estará sendo perdida. A arte como expressão do momento sociológico de seu tempo dificilmente surge sem autonomia para a juventude criar no espaço público. Retirar esses espaços do controle castrativo das direções e entregá-lo ao DCE deve ser um imperativo ao movimento estudantil e responsabilidade de toda a comunidade universitária, não há sujeito honestamente comprometido com a arte que possa se opor a isso!
2) Plano de medidas de longo prazo:
a) Mobilização do corpo universitário: as universidades têm por função social produzir conhecimento novo, científico ou filosófico, socialmente orientados para resolver os grandes problemas da nação. Pois está ai um grande problema que a sociedade desterrense enfrenta. E no entanto, que fez a universidade além de “mandar instalar portões”? A melhor resposta que a universidade poderia dar para demonstrar sua capacidade de sair julgo jocoso de imobilismo causado por produções acadêmicas caducas é orientar imediatamente a criação de grupos de pesquisa (e consequentemente de extensão) para debater seriamente até a raiz dos problemas que temos que enfrentar. Até quando vamos fabricar conhecimento, apresentar em encontros de áreas, publicar em periódicos, mas no momento mesmo de intervir na realidade, nos orientarmos pelo senso comum mais reacionário e conservador? Temos que nos perguntar onde foi parar a figura do(a) reitor(a) como expressão máxima da intelectualidade de nossa comunidade? Pois quando um reitor fala, ele tem que deixar sua comunidade orgulhosa, porque fala desde os mais elevados momentos históricos da produção do conhecimento socialmente produzido. Uma figura de reitor que nos dá orgulho porque esculacha o senso comum midiático, conservador e assim por diante. Faz parte da retomada do papel fundante da universidade, o momento da retomada da reitoria como sua expressão maior, como pedra fundamental do exercício político, científico e filosófico da universidade socialmente referenciada. É hora de pensar sobre isso!
b) Especulação imobiliária: se há algo que todos os estudantes, professores e servidores da UFSC sentem juntos a todo o momento, é a brutalidade da especulação imobiliária nos entornos da UFSC. A especulação funciona desde os preços exorbitantes nos preços de casas e apartamentos, nos aluguéis residenciais, comerciais e até no preço dos serviços de xerox, costura, sapateiro até aos produtos no supermercado: tudo é abusivamente caro ao redor da UFSC. O impacto da especulação imobiliária é sempre a elevação dos preços, desta forma não é difícil compreender como ela participa na formação da pobreza ao redor do campus. Há uma comunidade de aproximadamente 30 mil pessoas apenas entre técnicos, professores e estudantes. Outros tantos mil de trabalhadores terceirizados e prestadores de serviços avulsos. Além de todo um conjunto de pessoas que prestam serviços à comunidade, como restaurantes, bares, farmácias, laboratórios, etc. Todas as reitorias da universidade seriam, no mínimo, coniventes com o grande capital envolvido na especulação imobiliária, do contrário teríamos visto uma problematização séria da questão e, por exemplo, se teria criado vagas proporcionais de casa estudantil por parte da universidade. Peculiar que algumas das melhores universidades do mundo, mesmo em países como os Estados Unidos (Harvard, Yale, MIT) tenham políticas de casa de estudantes e evitem o desenvolvimento livre da especulação imobiliária. Em Florianópolis a situação é sui generis. Falta dinheiro? Pois então se pergunte quantas vagas de moradia estudantil poderiam ter sido criadas com os R$33 milhões de reais que a reitoria pagou pelo edifício Santa Clara. Essa compra absurda e autoritária por parte da reitoria, que não discutiu amplamente com a comunidade acadêmica nem uma única vírgula até que a compra fosse rejeitada no polêmico Conselho de Curadores. Antes da polêmica no Conselho de Curadores, houve gente que bateu no peito para afirmar que a reitoria arrancou recursos do MEC para a compra – pois se tem esse cacife, por que não arrancou recurso para a construção de novas casas estudantis?
Faltava espaço para a administração da UFSC? Pois então que se retire as Fundações de Apoio do campus da Trindade, elas podem perfeitamente funcionar nos vários terrenos da UFSC fora da Trindade, em edifícios desocupados atualmente pela administração estadual, ou que façam elas próprias a locação de imóveis no entorno da UFSC. Pois se a ANDES teve que alugar salas no Marx & Flora, por que não as fundações? Ficam dúvidas sobre como a questão poderia ter sido encaminhada de outra forma, mas uma dúvida não resta: houve o apagamento da participação ampla e democrática da comunidade. No mínimo, a realização de audiências públicas para apresentar o problema teria que ser realizada e neles, certamente, se constataria até aonde a reitoria estaria disposta a ir para acabar com o poder das imobiliárias e construtoras. É sempre mais fácil brigar com um canal de televisão, que realmente enfrentar os problemas desde a sua raiz!
É preciso romper com o imobilismo da crítica
Criticas precisam ser feitas à gestão, demos apenas o primeiro passo aqui, outras mais virão, pois é preciso romper com o aparente imobilismo que paira na UFSC. É notável como pouco se tem formulado sobre a própria Universidade. Aprovou-se resolução no Conselho Universitário sobre os concursos para docentes, dando cumprimento à lei 12.772 que mudou o ingresso na carreira. O debate vergonhoso conduzido pelas pró-reitorias mostra a miséria do projeto político da gestão, mas o silêncio quase que total da crítica também nos mostra como falta formulação entre a comunidade. Docentes, estudantes e técnicos administrativos – com exceção de um ou outro – silenciaram por todo o campus: proibição de Horas Felizes, apagamento dos projetos de arte e cultura, a compra do edifício Santa Clara, cercamento do campus. Que se falou sobre tudo isso?
É muito interessante notar que hoje seja o Grupo RBS o principal articulador de ataques à UFSC hoje, publicando e transmitindo quase cotidianamente discursos que, até para opiniões conservadoras, mostram pouca qualidade e despreparo intelectual. Fez-se como que por ter retirado os recursos que a gestão Prata/Paraná gastava com o Diário Catarinense para incluir uma encadernação propagandista da universidade, o Grupo RBS tivesse passado a atacar a administração “progressista” atual. De fato, uma das primeiras ações dessa reitoria foi a retirada desse recurso sem cabimento. Mas os setores mais críticos começaram a formular lá suas teorias da conspiração, de que os setores mais conservadores da universidade planejavam derrubar a gestão de Roselane/Lúcia e que os ataques diários da mídia seriam a evidência terminativa.
Mas a história sempre nos reserva lições importantes, vejam que até mesmo um presidente – com respeito, mas “muito em cima do muro” – como João Goulart quando realmente enfrentava os setores mais horrendamente conservadores saiu rapidamente de cima do muro e caiu para o lado do povo brasileiro. Sempre foi assim, se a ameaça conservadora é verdadeira, as grandes lideranças, sendo no mínimo progressistas, sempre se apoiaram nas massas. Se assim é no conjunto das sociedades, mais fácil ainda nas universidades, compostas por uma imensa maioria jovem e pensante. A juventude é sempre muito sensível aos grandes problemas da nação, mostrou uma vez mais desde junho desse ano que nunca esteve apagada e sabe levantar-se. Se a ameaça fosse real, a reitora encontraria nas massas o vivo calor de um abraço e caminharia com ela pelos caminhos de uma transformação profunda. Faríamos a universidade assumir o lugar de fazer a sociedade catarinense pensar, com intelectualidade, ciência e filosofia para encontrar outros caminhos, outros projetos políticos – e certamente, o socialismo.
Deveríamos nos perguntar o que faz que o Grupo RBS tenha que dedicar tanta atenção à UFSC. Com tantas coisas de seu próprio interesse acontecendo no estado inteiro, a direita conservadora deve estar muito desorganizada e passiva para a mídia ter que dedicar tanto tempo a ela. Não digam que é por conta de meia dúzia de reais que deixou de ser paga, que entre todos os anunciantes do Grupo RBS, um contrato como aquele não significa nada. Ou pensam que uma encadernação sobre a UFSC duraria para sempre no meio do jornal? Se houvesse confronto real entre UFSC e RBS, a reitoria enfrentaria acabando com a especulação imobiliária – façam o rápido experimento, abram os sites desse grupo de mídia, quem o financia está lá às claras, em cada anuncio de construtora e imobiliária circula mais dinheiro do que a UFSC poderia pagar.
Apesar disso essa narrativa parece amarrar os setores mais críticos e militantes pela universidade pública que não querem fazer suas críticas para não lastrear os conservadores direitosos e raivosos que poderiam pretender desestabilizar a gestão. Nada mais enganoso e a esquerda já teve oportunidade para aprender com a chegada do PT ao poder, não pode alegar ter se encontrado uma vez mais com o desconhecido e se sentir desiludida! Como diz Zizek: só há uma forma de levar alguém realmente a sério e é submetê-lo a critica mais rigorosa e sistemática. Façamos!
Publicado originalmente em nossa página no Facebook em 19 de agosto de 2013.
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