Caros leitores,
Comunicamos o encerramento das atividades do Coletivo Emancipação Socialista (CESO) e de seus instrumentos. Com isso, ficam encerradas também as atividades do Jornal UFSC à Esquerda.
Desde 2013, procuramos servir a luta da classe trabalhadora pela causa da universidade e pelo socialismo por meio da militância política e de nossos instrumentos de intervenção. Ao longo desta década, buscamos, com o jornal UFSC à Esquerda, produzir um canal para que a crítica política pudesse circular e alcançar estudantes e trabalhadores, da universidade e de fora dela. Ao mesmo tempo que fosse um espaço em que as lutas de nossa classe pudessem ter vazão para atingir a muitos e que constituísse uma memória comum de rebeldia e inconformismo. Um testemunho da força dos que lutam.
É para nós um enorme privilégio ter a confiança de muitos leitores, aos quais queremos agradecer profundamente. Foi pela colaboração ativa e a confiança que nos prestaram que pudemos seguir contribuindo durante todo este período. Estar lado a lado nas lutas dos estudantes e dos trabalhadores, da universidade e da cidade, nos possibilitou a certeza de que a universidade e o movimento universitário podem participar da estratégia para a revolução brasileira.
As lutas das quais nosso coletivo pode participar foram marcantes e constituem uma vasta experiência política que estão registradas em nosso jornal. Esperamos que, nesse momento derradeiro, possamos dar esta última contribuição como fonte de memória e testemunho: para que possamos sempre aprender e encontrar, nas experiências deste período, lições que sirvam à consecução de estratégias e táticas mais acertadas para transformar a universidade e a sociedade brasileira.
É certo que esta não foi uma história fácil ou simples. Procuramos sempre não deixar barato aqueles que detêm o poder em suas várias esferas, e se associam à manutenção do capitalismo dependente. Nem mesmo no interior das fileiras da esquerda demos paz aos liberais ou aos acomodados. E sempre que o fizemos, foi por ter confiança que a juventude e os trabalhadores podem mais, muito mais, do que muitas vezes encontramos nos movimentos.
Com este espírito inquieto, de ojeriza à indiferença e de confiança no futuro, que nos despedimos e agradecemos a todos que fizeram parte desta história. Desejamos que essa experiência possa ter lançado sementes para que estudantes e trabalhadores possam se reencontrar em breve com um destino glorioso: a construção do socialismo no Brasil!
Viva o socialismo! Viva a Revolução Brasileira!