Prestes a se completar o 3.º mês das Greves nas Federais, podemos dizer que um espectro ronda a UFSC, levando velhas potências dessa universidade provinciana a escapar pela porta dos fundos e até a realizar sessões do Conselho Universitário em espaços escondidos da multidão.
A “Santa Aliança” em prol do imobilismo já não consegue mais dar estabilidade aos papéis de Prepostos do Governo Federal exercidos pela Reitoria e as direções do DCE, SINTUFSC e APUFSC. Estudantes, TAEs e professores subverteram essa ordem e passaram a construir práticas e pautas coletivas.
Assembleias, rodas de conversa, almoços coletivos, atos e debates já fazem parte do cotidiano dessa universidade. Já se pode chegar no Hall da Reitoria e se deparar com uma concentração de mais de 500 (quinhentas) pessoas debatendo os rumos da educação pública, de Santa Catarina e do Brasil, com estratégias que vão desde a ocupação imediata de espaços até a construção de políticas de apoio mútuo entre pessoas excluídas dessa “Pátria Educadora”.
A ousadia e organização desses estudantes e trabalhadores é admirável. Muitos deles têm enfrentado com coragem as ameaças e assédios que os serviçais das velhas potências têm praticado. Resistem, denunciam, procuram apoio para esse combate, e forjam-se como construtores de uma outra proposta de universidade.
Começaram o texto com “Prestes”. Prestistas.