Luiz Costa – Redação UFSC à Esquerda – 05/04/2023
O governo de Santa Catarina anunciou um plano de ajuste fiscal que busca reduzir aproximadamente R$ 2 bilhões dos gastos do Estado. Para isso, o governo planeja cortes de servidores temporários e revisão das despesas com incentivos fiscais.
Segundo Cleverson Siewert, secretário da Fazenda de SC, a redução no número de servidores do Estado não causaria prejuízo aos serviços prestados à população catarinense. “Nós entendemos que há excesso”, disse em entrevista ao NSC.
A justificativa é que a redução no número de trabalhadores na saúde, educação e administração prisional pode ser compensada “na forma de trabalho das pessoas, no jeito, na digitalização, na atenção, no cuidado”.
“Eu acho que isso me parece fazer muito mais sentido do que efetivamente a quantidade [de trabalhadores]”, conclui.
Segundo o secretário, é preciso “voltar para o Estado naquele mesmo padrão, naquele mesmo patamar que a gente tinha [até 2020]”.
Do outro lado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de SC (SINTE-SC) defende a necessidade de que o piso salarial profissional nacional, em vigor desde 2012, seja implementado em toda o plano de carreira dos trabalhadores em educação.
Segundo o sindicado, o piso nacional é aplicado apenas no nível inicial “o que vem provocando o achatamento do salário dos profissionais”.
“Como o valor do piso não têm repercussão nos níveis subsequentes, os trabalhadores/as aposentados também não têm o reajuste do piso aplicado em seus vencimentos, o que faz com que o salário de profissionais recém-ingressados se equipare – ou até mesmo supere – o de trabalhadores com décadas de atuação”.