Morgana Martins – Redação UàE – 25/05/2018
Ao contrário do que foi anunciado no dia de ontem nos grandes jornais e mídias, de acordo com o anúncio de Eliseu Padilha (Casa Civil) de que houve um acordo que suspenderia a greve por 15 dias, a greve dos caminhoneiros continua nessa sexta-feira (25).
O resultado da negociação entre o governo e representantes dos caminhoneiros, ontem (24), foi de que o Executivo se comprometeria em zerar a Cide sobre o diesel e a diminuição de 10% do preço do combustível nos próximos 30 dias. Nos 15 primeiros dias a Petrobras manteria o valor reduzido e depois o Governo subsidiaria.
Porém, a negociação não surtiu o efeito desejado. Esta sexta-feira amanheceu com as estradas ainda trancadas e com a categoria ainda em greve; as manifestações ocorrem em 24 estados. O desabastecimento dos postos prossegue, o acesso ao Porto de Santos também continua bloqueado devido a paralisação dos caminhões e São Paulo segue sem coleta de lixo. Também a Agência Nacional de Aviação Civil – Anac recomendou que os passageiros conferissem a situação dos voos antes de irem aos aeroportos, pois os aeroportos também estão com restrições por conta da falta de abastecimento.
Em Florianópolis, os ônibus estão funcionando com frota reduzida; nesta sexta (25) o transporte coletivo irá operar com os horários de Sábado. E amanhã, sábado (26), os ônibus funcionarão com o quadro de horários de Domingo. Além de anunciar que estão havendo atrasos por devido aos congestionamentos nos acessos aos postos de combustíveis.
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Em relação a Grande Florianópolis, São José terá, a partir de hoje, somente uma linha de ônibus funcionando, a linha “Diretão”. As demais linhas estarão suspensas até o fim da greve. Em Palhoça, os ônibus da Jotur começaram a operar na quinta-feira (24) com os horários de Sábado, mas com reforço nos horários de pico; isso segue também no dia de hoje. Enquanto a frota de ônibus da Biguaçu Transportes circula a partir dessa sexta-feira com a tabela de horários de sábado.
No que diz respeito ao setor de alimentos, o diretor executivo da Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), Antônio Carlos Poletini, disse à rádio CBN Diário que “se a greve dos caminhoneiros durar mais quatro dias, os supermercados de SC vão ficar desabastecidos”. Dentro disso, o Departamento Jurídico do Procon de SC autorizou que os supermercados do Estado, de acordo com a legislação vigente que diz respeito a esses casos, limitem os produtos para cada cliente, até que essa situação tenha uma conclusão.
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