Amanhã, no dia 11 de agosto, os estudantes e trabalhadores do país foram convocados por movimentos estudantis, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos para ocuparem as ruas de ao menos 23 capitais do Brasil sob o mote de defesa da educação, democracia e por eleições livres, contra as ameaças golpistas de Bolsonaro ao processo eleitoral.
Dia 11 de agosto é o dia dos Estudantes, um dia simbólico para a ocupação nas ruas, e conta atualmente com a adesão dos movimentos estudantis para articularem as pautas pela educação, contra os cortes de verbas abusivos feitos nesse governo como foi o recente bloqueio feito em 25 de julho do Ministério da Economia de mais de R$6,73 bilhões nos orçamentos da Saúde e da Educação. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), além da mobilização de Diretórios Centrais dos Estudantes marcam presença, convocando suas bases para se oporem nas ruas as políticas de desmonte do governo, que atacam diretamente a vida da classe trabalhadora.
Motivos para ocupar as ruas não faltam: a situação da classe trabalhadora brasileira é grave demais, urgente demais para ser decidida apenas nas urnas. A pobreza em nosso país atinge níveis alarmantes com mais de 19,8 milhões de pessoas vivendo com menos de R$ 465 mensais nas metrópoles brasileiras, como indica o 9º Boletim Desigualdade nas Metrópoles. Vemos crescer, especialmente nas grandes metrópoles as populações de rua, as taxas de desemprego, o aumento das dívidas nas casas das famílias em todo país.
Os atos são convocados frente aos ataques e declarações constantes que Bolsonaro faz na mídia sobre seus intentos golpistas caso perca as eleições presidenciais de 2022. O presidente instiga cada vez mais seus apoiadores a questionarem o sistema eleitoral; testemunhamos cada vez mais a escalada da violência durante o seu governo, com mais torturas e chacinas dentro de favelas. Nossa classe trabalhadora é dia após dia esfacelada durante esse governo e é por isso que a ocupação das ruas se faz necessária como oposição a sua política, não dá para esperar!
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Confira abaixo os locais e horários confirmados dos atos do dia 11 de agosto:
Alagoas
Maceió – Praça do Centenário, 8h
Amazonas
Manaus – Praça da Saudade, às 15h
Bahia
Salvador – Praça do Campo Grande, às 9h
Ceará
Fortaleza – Praça da Bandeira, às 9h; Gentilândia, às 16h; e Casa do Estudante, às 19h
Distrito Federal
Brasília – às 15h, ato no Congresso Nacional.
Espírito Santo
Vitória – Praça Costa Pereira, 10h
Goiás
Goiânia – Praça Universitária, às 17h
Maranhão
São Luiz – Praça Deodoro, às 16h
Minas Gerais
Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos, às 17h
Mato Grosso
Cuiabá – Liceu Cuiabano, às 19h
Mato Grosso do Sul
Campo Grande – Câmara Municipal, às 10h
Pará
Belém – Mercado São Braz, às 17h
Paraíba
João Pessoa – Lyceu Paraibano, às 14h
Paraná
Curitiba – Praça Santos Andrade, às 15h30
Pernambuco
Recife – Rua da Aurora, às 15h
Piauí
Teresina – Praça Rio Branco, às 8h30
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro – Candelária, às 16h
Rio Grande do Norte
Natal – Midway Mall, às 14h30
Rio Grande do Sul
Porto Alegre – Colégio Júlio de Castilhos, às 8h; Faculdade de Direito da UFRGS, às 10h; e Palácio Piratini, às 12h
Rondônia
Porto Velho – Unir Centro, às 17h (concentração às 16h30)
Santa Catarina
Florianópolis – Praça da Alfândega, 17h
Chapecó – Saguão da Reotira da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), às 10h
São Paulo
São Paulo – Às 11h, será lida a Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, na Faculdade de Direito da USP
Às 9h e às 17h, atos no vão livre do Masp
Campinas – Largo do Rosário, às 10h
Ribeirão Preto – Faculdade de Direito, às 10h; e Esplanada do Teatro Pedro II, às 17h
Santos – Praça dos Andradas, às 10h
Sergipe
Aracaju – Praça Getúlio Vargas, Bairro São José, às 15h