Marcelo Ferro – Redação – 10/03/2020
Na próxima terça-feira, dia 17/03, às 12h, os estudantes da UFSC decidirão em Assembleia Geral sua posição sobre a Greve Geral em Defesa dos Direitos e do Serviço Público de 18 de março. A assembleia está sendo convocada pelo Diretório Central dos Estudantes – Luís Travassos.
A expectativa é de que haverá paralisação das atividades na UFSC, pelo menos durante a quarta-feira. Durante o ano de 2019, diversas passeatas convocadas neste formato receberam a adesão massiva dos estudantes da universidade, que paralisaram as atividades acadêmicas.
No segundo semestre de 2019, os ataques à Educação levaram a uma reação pioneira dos estudantes da UFSC, que deflagraram uma greve que parou universidade por 37 dias. Contudo, apesar dos enfáticos chamados do movimento da UFSC, as bases estudantis das outras IFES não responderam com solidariedade. Além disso, os técnicos da UFSC não entraram na greve, tampouco os professores da universidade.
A manifestação do dia 18/03 foi originalmente convocada pelas entidades nacionais estudantis na forma de um protesto contra o Ministro da Educação, Abraham Weintraub. Em uma reação aos chamados aos atos anti-Congresso do dia 15 de março, o dia 18 foi endossado pelas Centrais Sindicais e diversos movimentos sociais, vendo-se ampliadas as pautas para a defesa da Democracia e o repúdio às apologias à Ditadura Militar de 1964.
TAEs da UFSC entrarão em greve
O Sintufsc, Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (que engloba os Técnico-Administrativos), já havia definido em assembleia no dia 20/02 o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 18 de março.
A discussão também acontece em outras bases sindicais. Em 05/03, os técnicos da UFRN tomaram decisão no mesmo sentido, e entrarão em greve a partir do dia 18/03. Em Minas Gerais, na assembleia do SINDIFES de 04/03, os técnicos decidiram que levarão a proposta de greve para a Plenária Nacional da Fasubra, que acontecerá nos dias 13, 14 e 15 de março. A Fasubra é a federação que reúne os sindicatos de técnicos das Instituições de Ensino Superior públicas.
Os TAEs já vem discutindo a possibilidade desde o ano passado, quando o governo federal aplicou pesados cortes na Educação e anunciou o Programa Future-se, pondo sério risco à existência da Universidade Pública. Em 2019, a atuação da Direção Nacional da Fasubra foi a de impedir que as discussões levassem à deflagração da greve.
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