Foto: Renan Silva/Sintufrj.
Nina Matos – Redação UàE – 14/04/2021
Desde sábado (10), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj) vem sofrendo ameaças de depredação da sede da entidade após protesto contra a condução da crise sanitária por Jair Bolsonaro (sem partido).
A campanha “Vacina no braço, comida no prato! Fora Bolsonaro!”, que aconteceu na última sexta-feira (9), envolveu a exposição de cartazes, painel de LED e projeção de imagens em lugares estratégicos como a Praia Vermelha e o paredão da Escola de Música da UFRJ, na Lapa.
As imagens continham denúncias sobre o aumento no preço da cesta básica e outros produtos importantes — como gás de cozinha e combustível —, os altos índices de desemprego e o descontrole do número de contaminados e mortos pelo Covid-19.
Nas redes sociais, vídeos da ação promovida pelo Sintufrj viralizaram, sendo compartilhados tanto como apoio quanto como denúncia. Flávio Bolsonaro (Republicanos) publicou acusando o sindicato de cometer um “crime” e que o deputado Anderson Moraes (PSL) estaria “registrando ocorrência na @policiafederal para apurar as responsabilidades cometidas dentro do espaço de uma universidade federal”.
A reitoria da UFRJ também veio a público repudiar a ação promovida pelo sindicato. Em nota, a reitoria reiterou que as ações não são de sua responsabilidade e que considera “inadequada a instalação do painel no referido campus, principalmente durante a pandemia”
Ainda no sábado, o Sintufrj passou a receber ligações com ameaças de invasão e depredação da sede, além de acusações de que o sindicato estaria atrapalhando o país.
Em resposta, o Sintufrj reitera: “Afirmamos em alto e bom som: não vão nos calar! Nos últimos dias, chegamos à marca de 3 pessoas mortas por minuto. Ultrapassamos as 350 mil vítimas fatais da pandemia. Nada pode ser maior do que combater essa tragédia e seus responsáveis. Nosso compromisso é com a defesa da vida e da democracia.”
