[Notícia] Ciclone deixa 750 pessoas mortas em Moçambique, Zimbábue e Maláui. Primeiros casos de cólera são registrados

Luiz Costa – Redação UàE – 28/03/2019

Na noite de quinta-feira (14), o ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique. Em seguida, as fortes chuvas e ventos que chegaram a 177 km por hora atingiram os países Luiz  e Maláui.

Antes do ciclone, fortes chuvas deixaram pelo menos 122 mortos em Moçambique e no Maláui.

Após o ciclone, houve vários dias de tempestade que agravaram a situação. O número de abrigos improvisados chegou a 128 mil na segunda-feira (25).

Estima-se que cerca de 2,5 milhão de pessoas foram diretamente afetadas nas últimas semanas. A inundação atingiu milhares de casas, bem como hospitais (24) e salas de aula (267), o que tem dificultado o atendimento aos atingidos.

Além disso, plantações e estradas foram destruídas. Devido às tempestades que ocorreram após a destruição do ciclone, algumas cidades de Moçambique ficaram isoladas por vários dias.

Sem receber comida e suprimentos, a cidade de Beira, quarta mais populosa do país – com cerca de 500 mil habitantes-, sofreu com o superfaturamento dos preços de alimentos. A situação aliviou nesta semana, quando muitas estradas que estavam bloqueadas começaram a ser reabertas.

Contudo, foi confirmado os cinco primeiros casos de cólera desde a passagem do ciclone, ambos na cidade Beira. Centenas de pessoas estão nos hospitais com diarreia, um dos sintomas da doença bacteriana.

Transmitida pela comida e pela água contaminada, a cólera pode matar em poucas horas caso não haja tratamento adequado. Há relato de cidadãos que estão cavando dentre a lama e resíduos em busca de alimentos.

A estimativa é de que as tempestades e inundações deixaram ao menos 750 mortos nos três países do sudeste da África. O número contudo deve aumentar, visto que centenas estão desaparecidos e muitos estão em abrigos impróprios. Além dos sérios riscos que as epidemias de doenças como cólera e malária podem causar.

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