Júlia Vendrami – Redação UàE – 07/10/2022
Contra o Estado e suas medidas de governo capitalistas, explodiram nas ruas chilenas movimentos massivos da classe trabalhadora nos últimos anos. Movimentos em que a repressão policial foi truculenta a ponto de deixar mais de 360 manifestantes com lesões oculares por conta dos disparos com bala de borracha.
Em 2020, esses movimentos levaram a uma vitória importante: a aprovação do fim da constituinte feita por Pinochet. Após o Rechazo na aprovação da nova constituinte, é preciso analisar como um dos processos de mobilização mais significativas nos últimos anos da América Latina não se traduziu em uma organização maior da classe e um passo adiante das demandas da classe trabalhadora chilena.
Ao adentrarmos na história de experiências de lutas chilenas, encontramos importantes contribuições teóricas e análises ricas sobre estratégias e táticas para a transição do socialismo, tais como o livro “Reformismo ou contrarrevolução” escrito por Ruy Mauro Marini. Foi no Chile onde ocorreram, por exemplo, reformas estruturais significativas, tais como a estatização do sistema bancário e das minas de cobre, que possibilitaram a autogestão das fábricas antes do golpe de 1973.
Propõe-se o debate sobre quais contribuições o legado das experiências chilenas deixam para a elaboração das estratégias para a transição socialista.
Para a primeira edição do novo eixo temático “Legado das experiências chilenas” o livro escolhido foi o lançamento da editora Ubu “A revolução desarmada – discursos de Salvador Allende”. O livro reúne os principais discursos do médico e político social chileno Salvador Allende, deposto por um golpe de estado liderado por Pinochet em 1973.
Saiba mais sobre o Clube do Livro à Esquerda e assine acessando o site da Escola de Formação Política da Classe Trabalhadora Vânia Bambirra (EFoP).
