[Notícia] Colegiado do Curso de Cinema apoia estudantes bolsistas contra os cortes

Leila Regina – Redação UàE – 02/07/2018

O Colegiado do Curso de Cinema divulgou em 19 de junho uma nota em que apoia os estudantes bolsistas contra os cortes nas bolsas. Essa nota surge no contexto em que o movimento indígena e quilombola reivindicam a manutenção das bolsas permanências, cujo edital de 2018 ainda não foi divulgado.

Em sua reivindicação o movimento lembra que em 2018 o MEC teve um corte de 30%. Neste mesmo ano, a Lei Orçamentaria destinou R$ 109 bilhões para a Educação e R$ 316 bilhões com o pagamento de juros da dívida. Os cortes na educação pública ameaçam estudantes a terem que desistir da Universidade.

De acordo com informações da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), há demanda de cerca de 2.500 novos estudantes indígenas e quilombolas para acessarem o Programa Bolsa Permanência em 2018/1, e cerca de 5.000 novas vagas para o programa até o fim do ano. Na UFSC seria em torno de 35 novos estudantes o fim de 2018.

O movimento dos estudantes indígenas e quilombolas da UFSC esteve em Brasília, de 18 a 22 de junho, participando da Mobilização Nacional dos estudantes indígenas e quilombolas em defesa da Permanência nas Instituições Federais de Ensino Superior.

A delegação da UFSC chegou a Brasília com 23 pessoas de 3 povos, entre indígenas e quilombolas. Em seu retorno, após uma série de reuniões com MEC, a expectativa é de que as bolsas permanência sejam concedidas ainda em julho. O movimento segue visando garantir que a portaria sobre as bolsas ganhe um caráter mais permanente.

Diante deste cenário o Colegiado do Curso de Cinema [Acesse aqui] se posiciona e conclama os demais setores da Universidade a se posicionarem diante desta situação. Leia a nota na íntegra abaixo:

Nota de apoio aos alunos bolsistas

O curso de graduação em Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC repudia os cortes das bolsas permanência, especialmente os que atingem alunos indígenas e quilombolas. Estes cortes, promovidos pelo governo golpista, estão obrigando centenas de alunos a desistirem de cursar o ensino superior.

Os alunos, professores e servidores-técnicos do curso de Cinema da UFSC estão inconformados com esta situação e conclamam que outros setores da UFSC tomem posição sobre esta brutalidade cometida contra os mais frágeis e, ao mesmo tempo, os que mais promovem a possibilidade de diversidade cultural na Universidade. Salientamos que a UFSC é uma referência no Brasil na incorporação de estudantes indígenas e que devemos ser uma das primeiras a reagir perante este retrocesso, lembrando que o governo ilegítimo está em pleno processo de desmonte do Ensino Público.

Colegiado do Curso de Cinema da UFSC”

Seguimos acompanhando o movimento dos estudantes.

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