Senadores fazem um minuto de silêncio para homenagear os 502.817 mortos por Covid-19. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
Morgana Martins – Redação UàE – 01/07/2021
A CPI da Covid antecipou para hoje (1°) o depoimento do representante da empresa Davati Medical, vendedora de vacinas, que afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que recebeu pedido de propina de 1 dólar por dose em troca de fechar contrato com Ministério da Saúde. O depoimento de representante da Precisa, empresa na mira das investigações pelo contrato da Covaxin foi cancelado.
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A sessão para ouvir Luiz Paulo Dominguetti Pereira iniciou por volta das 10 horas da manhã e reafirmou à CPI o pedido de propina de 1 dólar por dose pelo governo Bolsonaro. Ele disse que a primeira proposta de vacina era de US$ 3,50, a menor do mercado. A Davati estava ofertando 400 milhões de doses.
Em seu depoimento, Dominguetti afirmou que esteve três vezes no Ministério da Saúde e que três diretores sabiam da proposta: o ex-diretor de logística Roberto Ferreira Dias, o ex-secretário-executivo Elcio Franco e Laurício, representante da Vigilância Sanitária.
Porém, Dominguetti afirmou que inicialmente Elcio Franco não estava sabendo da proposta para a venda de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca. O depoente diz que se encontrou com Elcio somente após o encontro com o ex-diretor de logística Roberto Ferreira Dias, na qual Dominguetti afirma ter sido pedido propina de US$ 1 para avançar nas negociações.
O representante da Davati Medical também disse que não tinha certeza se a empresa teria acesso a 400 milhões de doses que foram oferecidas para o Ministério da Saúde. Somente o dono da empresa tinha acesso a locadores no mercado, que eram os proprietários da vacina.
O depoimento de Dominguetti segue ocorrendo. Continue acompanhando as notícias do nosso jornal para mais informações sobre a CPI da Covid.