Marcelo Ferro – Redação do UàE – 08/04/2018
Na noite desse sábado (07/04), a Polícia Militar reprimiu brutalmente os manifestantes que faziam vigília contra a prisão do ex-presidente Lula em torno da sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, local para onde o ex-presidente foi levado após se entregar à PF em São Bernardo do Campo, SP.
Segundo os relatos em tempo real, assim que pousou no edifício da PF o helicóptero com Lula, policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo de dentro das cercas, afastando os manifestantes do perímetro a balas de borracha. A tropa de choque também foi ativada. Oito pessoas ficaram feridas.
A determinação judicial para a repressão da polícia foi deferida a pedido da Prefeitura de Curitiba, que conseguiu no Plantão Judiciário interdito proibitório contra “movimentos e indivíduos não autorizados”, os quais não poderão circular nas ruas ao redor da sede da Superintendência. Além de determinar o isolamento do perímetro, a liminar proíbe a montagem de qualquer estrutura ou acampamento nas ruas e praças de Curitiba.
A prisão do ex-presidente vem na sequência da frágil decisão do Supremo Tribunal Federal na madrugada de quinta-feira (05/04), que negou, após 11h de uma votação apertada, o pedido de habeas corpus de Lula. Na tarde de quinta o juiz Sérgio Moro, em contrariedade ao entendimento do próprio TRF-4 de respeitar o prazo de terça (10/04) para que a defesa impetrasse os últimos recursos, determinou que o ex-presidente se entregasse em Curitiba até às 17h da sexta-feira (06/04).
Ainda ontem (07/04), o UFSC à Esquerda publicou o texto editorial em que analisa e se posiciona frente a prisão do ex-presidente Lula. Acesse pelo link: https://ufscaesquerda.com.br/editorial-analise-sobre-a-determinacao-da-prisao-do-ex-presidente-lula/