Caminhões paralisados na Greve dos Caminhoneiros 2018
Foto: Paralisação dos caminhoneiros na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro/RJ; por Tânia Rêgo/Agência Brasil

[Notícia] Diretoria nacional dos sindicatos dos docentes e dos TAEs declaram apoio a greve

Foto: Paralisação dos caminhoneiros na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro/RJ; por Tânia Rêgo/Agência Brasil

José Braga – Redação UàE – 27/05/2018

 

A direção do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) declararam apoio a greve dos caminhoneiros.

Para a direção do ANDES as reivindicações dos caminhoneiros estão em sintonia com a classe trabalhadora e é urgente que as centrais sindicais convoquem uma grande greve geral. Leia a nota na íntegra:

Nota do ANDES-SN em apoio à greve dos caminhoneiros

A diretoria do ANDES-SN vem a público manifestar sua solidariedade à greve nacional dos caminhoneiros que se alastra pelo país. Não é sem contradições que essa mobilização ocorre, mas diferentemente de outros momentos em que os interesses patronais paralisaram o setor, boa parte das reivindicações dos caminhoneiros nesta luta é justa e em sintonia com os interesses da classe trabalhadora.

A política econômica do Governo Temer é desastrosa para a população. O desmonte de empresas estatais estratégicas, como das companhias Eletrobrás e Petrobrás, representa a entrega do patrimônio estatal brasileiro para a lucratividade dos empresários.

Os aumentos nos preços dos combustíveis são operados pelos interesses internacionais de acionistas da Petrobrás e grandes petrolíferas em acordo com o governo federal, ocasionando uma série de prejuízos para a classe trabalhadora.

Essa mobilização dos caminhoneiros se soma a várias lutas que estão ocorrendo pelo país, especialmente da educação pública. É preciso defender a Petrobrás 100% pública e estatal e os direitos da classe trabalhadora.

Para fortalecer a mobilização contra as políticas do governo, é urgente unificar as lutas em curso no país e exigir das centrais sindicais a convocação de uma nova Greve Geral em defesa dos direitos sociais, contra a EC 95 e a Reforma Trabalhista e pelo Fora Temer!

Brasília(DF), 25 de maio de 2018 – Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

 

Para a FASUBRA a greve dos caminhoneiros é progressiva pois contraria os interesses das grandes petroleiras, e se enfrenta contra o desmonte da Petrobras. Entendem que as centrais sindicais devem chamar um calendário unitário de mobilizações. Veja a nota:

Posição da FASUBRA sobre a greve dos caminhoneiros A alta do preço dos combustíveis é produto da política do governo golpista de Temer para a Petrobras no qual indexa o valor do petróleo de acordo com os interesses do mercado internacional. Somado a essa política a alta do dólar tem provocado uma forte crise no preço do petróleo e de todos os seus derivados.

O resultado é que toda cadeia de transporte de mercadorias está prejudicada, como também os trabalhadores que precisam abastecer seu carro para ir trabalhar, torna a vida de quem precisa do botijão de gás para cozinhar alimentos e daqui a pouco vai pressionar a majoração do preço das passagens do transporte público.

O movimento dos caminhoneiros apresenta contradições, limites e a sua direção não tem uma perspectiva classista com o objetivo de unificar com as lutas em curso. Há uma tentativa de grupos de ultra direita de dirigir esse movimento e por isso Bolsonaro está apoiando com a consigna intervenção militar já. Precisamos disputar os rumos desse movimento contra esses setores da direita fascista.

Mas acreditamos que no geral é um movimento progressivo porque se enfrenta com a política de preços do petróleo praticada pelo governo Temer e contraria os interesses das grandes petroleiras que são as grandes beneficiadas com os preços abusivos dos combustíveis. Por isso apoiamos!

O grande desfio é unificarmos essa luta com todas as greves importantes que estão em curso que se enfrentam com a implementação da reforma trabalhista, com as greves da educação que seguem em vários estados, com a greve dos petroleiros marcada para os dias 28,29 e 30 de maio. Com a mobilização do funcionalismo que tem agenda marcada de mobilizações e paralisações para o dia 07 de junho.

Defendemos que as centrais sindicais convoque um calendário de lutas unitário com uma pauta comum que esteja de acordo com as principais reivindicações do movimento considerando a anulação dos reajustes da gasolina, fortalecendo a luta contra as privatizações da Petrobras e Eletrobrás, contra o desemprego, que revogue as reformas de Temer e que defenda os serviços públicos, os direitos sociais e os direitos democráticos.

Leia também: O que esta greve pode nos ensinar A greve dos caminhoneiros continua

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