Foto: Ato dos professores das estaduais baianas; 11/04/2019 – Salvador/BA – por Assessoria de comunicação do Fórum das Associações Docentes
Maria Alice de Carvalho – Redação UàE – 24/04/2019
Os docentes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) completam hoje 14 dias em greve.
A greve se dá por conta do desrespeito do governo aos direitos trabalhistas dos docentes à promoção, da alteração do regime de trabalho, de adicionais de insalubridade, de salários congelados, do não pagamento do reajuste linear da inflação e também do orçamento das universidades.
Na última terça-feira (16), o movimento docente foi recebido, pela primeira vez, pelo governo baiano. Nessa reunião o governo apresentou a possibilidade de liberação de promoções e progressões através de um Projeto de Lei (PL), uma proposta que envolve o remanejamento de vagas sem ampliação e desvinculação de vaga/classe. O que nem de longe atende às reivindicações do movimento grevista.
Sobre as demais reivindicações, o governo ainda não se manifestou e os docentes aguardam resposta. Porém, até o momento o governo recusa-se a discutir reajuste salarial e aumento dos orçamentos direcionados às universidades para as rubricas de manutenção e custeio das universidades.
Até agora foi liberado apenas os R$ 36 milhões contingenciados para serem divididos entre as quatro universidades, os quais não alcançam sequer 50% do repassado às instituições no ano passado e que são na verdade uma antecipação do orçamento já previsto para esse ano, ou seja, não é um acréscimo ao orçamento das universidades.
Dando continuidade à greve, o movimento dos docentes convocou um ato que ocorrerá amanhã (25), em Salvador (BA), e que contará com a construção de docentes, estudantes e técnicos-administrativos. A concentração para o ato iniciará às 14h, no Teatro Castro Alves.
Em alguns campi das universidades, como na Uneb de Salvador, Ipiaú e Eunápolis, a categoria estudantil também deflagrou greve e possui extensas e importantes reivindicações que já foram entregues ao governo.
Sobre o movimento de greve dos docentes, Caroline de Araújo Lima, 1ª Secretária do ANDES-SN e docente da Uneb, ressaltou a importância de que “a categoria permaneça em greve para que o movimento docente possa avançar ainda mais nessa luta.[…] O ato do dia 25 será uma demonstração de força do movimento docente e do restante da comunidade acadêmica das Ueba.”¹
¹http://www.andes.org.br/conteudos/noticia/docentes-da-bahia-em-greve-realizarao-ato-em-salvador-no-dia-251?fbclid=IwAR29a9-ZncjJ_o5KY30gLfR02BuugpKEPxzvcOgCmGsjeH4jtKZ9Rv02Dbk
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