Gustavo Bastos – Redação UFSC à Esquerda
Foto: Gustavo Sixel / Sepe
Desde ontem, dia 17 de maio, os professores da rede estadual do estado do Amazonas e do estado do Rio de Janeiro estão em greve.
No Amazonas os trabalhadores da rede pública de ensino aprovaram a greve em assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (SINTEAM) no último dia 11. A assembleia, que contou com a participação de mais de duas mil pessoas decidiu pela greve por unanimidade. A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, disse que “A greve é o último recurso que podemos utilizar. Tentamos dialogar e negociar à exaustão. Infelizmente, sem nenhum sinal por parte do nosso empregador”.
Entre as pautas reivindicadas pelos trabalhadores da educação do Amazonas está o reajuste de 25% referente as data-bases 2022 e 2023, o cumprimento das progressões por titularidade e tempo de serviço e plano de saúde para aposentados.
No Rio de Janeiro os trabalhadores da educação também decidiram pela greve em assembleia no último dia 11. Entre as pautas da greve está a exigência do cumprimento da lei do piso nacional da educação.
Em reunião com a secretária estadual de educação do Rio de Janeiro, Roberta Pontes, e representantes da casa Civil, com o Sepe (Sindicato estadual dos profissionais de educação do estado do Rio de Janeiro), o governo apresentou a proposta de incorporar o piso nacional do magistério. A proposta, segundo o sindicato, não incorpora o piso para todas as carreiras, mas somente para aqueles que ganham abaixo do piso. Segundo a Secretaria do Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste, somente 33% dos aposentados e 42% dos trabalhadores na ativa receberiam o reajuste.
Para o Sepe, o correto é o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais níveis, cumprindo o que manda o atual plano de carreira da categoria. O sindicato ainda destaca que os salários dos funcionários administrativos das escolas (merendeiras, porteiros, agentes, etc.), que em sua maioria recebem menos do que um salário mínimo de piso, não seriam reajustados.
Em sua página o Sepe destaca que: Hoje o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual: Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os funcionários administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos etc), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário mínimo (R$ 802,00).
Além das reivindicações econômicas, a categoria também defende a revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e a convocação de concursados para o magistério dos concursos de 2013 e 2014 e de inspetores de alunos do concurso de 2013, além da abertura de novos concursos para suprir a carência de profissionais nas escolas e para as funções de assistente social e psicólogos, como resposta ao aumento da violência no interior do espaço escolar.