Maria Helena Vigo – publicado originalmente em Universidade à Esquerda – atualizado às 20h02m
Em Imbituba, uma cidade no litoral de Santa Catarina, o retorno à sala de aula de um professor com discursos de apologia ao nazismo e exaltação a Hitler causou indignação no corpo estudantil e docente.
O professor de história Rubenval Duarte, da rede estadual de ensino, havia sido afastado em novembro de 2022, por um período de 60 dias, por ter compartilhado mensagens de apologia ao nazismo e de ódio a eleitores do PT, em grupos da escola.
Ao retornar para as aulas na escola Eng. Annes Gualberto, o professor foi filmado por estudantes realizando novo discurso de apologia, na terça-feira, dia 14. Um estudante lhe questionou se ele apoiava as ações de Hitler e ele respondeu que “sim, claro” e que teria uma enorme admiração pelo Hittler. O vídeo com as declarações ganhou enorme repercussão na internet.
Confira o vídeo:
Vídeo realizado por estudantes, de professor que defendeu o nazismo em sala de aula.
A comunidade escolar ficou indignada com o retorno do professor e as novas declarações e nessa quinta, dia 16, realizaram ato em frente à escola e pelo centro da cidade.
Confira o registro:
Vídeo: SINTE SC.
Após a repercussão do vídeo e manifestação dos estudantes, o professor teve seu afastamento prorrogado por mais 60 dias.
O professor também está sendo investigado pela Polícia Civil, desde o episódio de novembro de 2022. Segundo o delegado Juliano Baesso, o vídeo feito pelos estudantes será anexado ao inquérito já existente, que estaria em fase de conclusão.
A Secretaria Estadual de Educação (SED) se manifestou por meio de nota, alegando que está tomando as medidas legais cabíveis quanto ao caso.
O crime de apologia ao nazismo é enquadrado na lei 7.716/1989, que trata da penalização para a fabricação, veiculação, distribuição e comercialização de símbolos ligados ao nazismo, seja com emblemas ou propagandas do regime.
O Ministério Público de Santa Catarina havia solicitado a prisão preventiva e o afastamento do professor de sala de aula, entretanto, nesta sexta (17), o Tribunal de Justiça acatou apenas o pedido de afastamento, que já havia sido realizado pela SED, mas o ampliando para 180 dias.
Parabéns aos estudantes! Mostram que esse absurdo não foi normalizado por essa gente em Santa Catarina, apesar deles tentarem desde sempre. Tem que exibir mundialmente o comportamento dos catarinenses inclinados ao nazismo, para eles se tocarem da vergonha mundial que passam!