Foto: Carolina Antunes/PR
Helena Lima – Redação Universidade à Esquerda – 08/04/2021
Na última quarta-feira, dia sete de abril, foram concedidos 22 dos 44 aeroportos do país na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O leilão das concessões foi dividido em três blocos: Norte, vendido à francesa Vinci Airports por R$420 milhões; Sul, vendido à Companhia de Participações em Concessões (CCR) por R$2,1 bilhões; e o lote Central, vendido à CCR por R$754 milhões.
Apesar dos valores serem superiores ao valor inicial dos leilões, o lance do valor da outorga da sexta rodada já havia sido reduzido em R$280 milhões pelo governo em 2020, e o investimento requerido pelas concessionárias diminuiu R$850 milhões, com o intuito de “aumentar a competitividade”.
O Ministério da Infraestrutura está acelerando em dois anos o cronograma de licitações durante a pandemia do coronavírus, e a sétima e última rodada de concessões está prevista ainda para o primeiro semestre de 2021, contando com 17 aeroportos.
Após os leilões, o governo pretende extinguir a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, Infraero, que tem participação acionária de 49% nos aeroportos privatizados entre 2012 e 2013, vendendo estes ativos. A Infraero já sofre uma precarização desde 2011 e demite cerca de mil funcionários por ano, com demissões voluntárias financiadas pelas concessões.