Imagem: Mapa do coronavírus no estado de Santa Catarina. Fonte: covid19.defesacivil.sc.gov.br
Morgana Martins – Redação UFSC à Esquerda – 19/10/2020
A Secretaria de Estado da Educação (SED) publicou no dia 6 deste mês a portaria nº 778 que regulamenta o retorno às atividades presenciais nas escolas públicas e privadas em Santa Catarina. Algumas escolas da rede estadual de ensino localizadas nas regiões em amarelo (risco alto) na matriz de risco para Covid-19 do Governo de Santa Catarina já estão autorizadas pelo governo, a partir de hoje, a retornar para as salas de aula.
O retorno presencial está previsto para as regiões com risco moderado e alto segundo a matriz de risco para Covid-19 feita pelo governo do estado. A primeira escola da rede estadual a ter o plano de contingência aprovado foi em Botuverá, na Regional de Brusque. Em Rio do Sul, as escolas da Coordenadoria Regional estão recebendo orientações sobre o Plano Estadual de Contingência para a Educação (PlanCon) e concluindo o plano específico de cada unidade.
A portaria conjunta no 750/2020 SED/SES/DCSC de 25 de setembro de 2020 não especifica quais são os critérios e medidas que serão tomadas para esse chamado “retorno seguro”, apenas apresenta algumas indicações gerais, por exemplo a criação de um Comitê Municipal de Gerenciamento da Pandemia de Covid-19 e uma Comissão Escolar para gerenciamento do Covid-19, composto pela comunidade escolar.
Além disso, apresenta que o retorno atividades escolares se dará de forma gradativa, com intervalos mínimos de sete dias entre os grupos regressantes, em cada estabelecimento, com o monitoramento da evolução do contágio da Covid-19. Mesmo com essas premissas, o governo não apresenta como fará esse monitoramento.
No país como um todo o uso de vacinas, forma possível de controlar o contágio, não tem sido utilizado de forma massiva, o que faz todos esses planejamentos de retorno se efetivarem sem uma base real do quão impactante o vírus está sendo em cada região.
Contra o retorno presencial, os trabalhadores municipais de Florianópolis estão em estado de greve contra o retorno das aulas sem segurança sanitária. A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem).