Foto: Sintufsc
Clara Fernandez – Redação UàE – 03/07/2019
Na manhã do último sábado, dia 29 de Junho, faixas expostas nas entradas e no centro de convivência da Universidade Federal de Santa Catarina foram encontradas deterioradas ou arrancadas dos locais onde estavam expostas no campus. As faixas foram rasgadas ao meio, ou em partes e jogadas ao chão pelos autores da ação. Elas haviam sido colocadas pelo Sindicato dos Técnicos Administrativos em Educação da UFSC (SINTUFSC), Associação de Professores da UFSC (APUFSC) e Associação de Pós-Graduando (APG) e tinham como conteúdo mensagens contra a Reforma da Previdência, contra o ponto eletrônico e em defesa da Universidade Pública. O SINTUFSC denunciou o ocorrido em seus meios de comunicação online e prestou boletim de ocorrência contra os ataques.
Há cerca de 15 dias, um outro episódio de ataque político foi registrado na Universidade: um quadro de Marx exposto na sala Multiuso do Centro Socioeconômico foi deteriorado com riscos, além do autor da ação escrever o nome de Bolsonaro em cima da imagem.
Tais ações demonstram uma tentativa covarde de causar um tom de ameaça e silenciamento a manifestações políticas que visam defender direitos, ou mesmo expressar a importância da crítica a esta ordem de coisas que está aí no espaço da Universidade Pública. Mais do que apelar a uma institucionalidade que em diversos momentos atua contra os nossos direitos de manifestação política, cabe demonstrar que este tipo de ataque pouco tem efetividade frente aos desafios que essa difícil conjuntura apresenta para nós. Seja com a exposição em dobro de mensagens de manifestação como estas, seja com a concretização de tais mensagens em ações políticas verdadeiramente comprometidas com uma mobilização que reflita os seus conteúdos.
