Imagem: Divulgação SINTUFSC
Maria Fernandez – Redação UàE – 25/09/2019
No dia 24/09 os Técnico-administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estiveram mobilizados em um dia de greve em defesa da Universidade Pública. Este dia de paralisação foi aprovado na última assembleia como parte da programação para a discussão de adesão da greve que deve ir à votação na próxima quinta-feira, 26/09.
Durante todo dia houve programação em frente à reitoria além de atividades de passagens nos setores para conversas com a comunidade universitária sobre a conjuntura. O objetivo das atividades foi o de mobilizar os trabalhadores para a participação na assembleia de quinta-feira.
Na programação da mobilização ocorreu um café da manhã coletivo com a presença da comunidade universitária a partir dar 9h. Durante esse momento foi possível conversas entre os TAEs e estudantes que estão na terceira semana de greve.
Em seguida ocorreu uma aula pública com Daniel Corrêa da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) sobre “O sistema da dívida pública e o colapso da educação”. Daniel discutiu a importância da retomada da pauta da dívida e a compreensão da sua relação com as demais pautas dos trabalhadores e do orçamento público.
Ao 12h30 ocorreu uma atividade cultural com apresentação de grupo de samba.
Alguns trabalhadores organizaram reuniões setoriais e passagens nos setores da UFSC neste momento. A exemplo, os trabalhadores do colégio de aplicação (CA) se reuniram para conversar sobre questões setoriais neste contexto de mobilização e greve estudantil. Outro grupo composto por estudantes e TAEs fez passagens em alguns setores para chamar para as atividades de mobilização e para a assembleia da categoria. Os estudantes puderem destacar a importância da greve neste momento e das demais categorias se somarem na luta estudantil. Os TAEs também destacaram as questões contextuais em relação aos cortes do orçamento, do programa future-se, da Lei orçamentária de 2020 que prevê mais redução orçamentária e das discussões obre uma possível reforma administrativa que ameaça a estabilidades dos servidores.
A tarde ocorreu a aula pública sobre as “Implicações da reforma da previdência” com a economista Tamara Siemann Lopes do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese-SC). O dia ainda contou com roda de bordado político, apresentação teatral e apresentação de curtas.
Os TAEs da UFSC seguem construindo uma mobilização para enfrentar os ataques à universidade e ao serviço público. Estes ataques podem prejudicar a vida de todos os trabalhadores e mudar radicalmente o sentido da universidade pública brasileira.
