Foto: Manifestações na Indonésia. Via Twitter, @babelreview.
Morgana Martins – Redação Universidade à Esquerda – 21/10/2020
O mês de outubro na Indonésia foi marcado por uma onda de protestos contra a nova lei trabalhista no país, que culminou em uma greve geral dos trabalhadores. Defendida pelo presidente Joko Widodo, a chamada “lei omnibus” foi rejeitada pela classe trabalhadora do país, a qual afirma que a lei mina os direitos trabalhistas e enfraquece as proteções ambientais.
As manifestações ocorreram em diversas áreas industriais e em cidades de todo o arquipélago nas duas últimas semanas, após a aprovação da lei no dia 5 de outubro. Os sindicatos declararam greve nacional por três dias, mas mesmo após esse período as manifestações continuaram ocorrendo.
A “lei omnibus” tem 905 páginas e altera mais de 75 leis. Segundo os manifestantes, ela beneficia a elite rica ao permitir que as empresas reduzam a remuneração dos trabalhadores, eliminem dias de folga e contratem trabalhadores por contratos no lugar de funcionários permanentes.
Em todo o país, a greve tem sido ampla e estima-se que cerca de um milhão de pessoas se juntaram aos protestos durante a primeira semana. Além disso, os protestos atingiram cerca de 60 lugares, estendendo-se da província de Aceh, no oeste, até a província de Papua.
Em algumas cidades os protestos tiveram confrontos com a polícia, que reagiu de forma violenta. Confira algumas imagens das manifestações pelo país: https://www.facebook.com/Redfishstream/posts/1079844302459400