Maria Helena Vigo – Redação do UFSC à Esquerda
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) definiu o dia 26 de abril como um dia nacional de greve, pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e pela aplicação do piso salarial do magistério.
Localmente, em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (SINTE-SC), realizada no dia 12 de abril, com mais de cinco mil presentes, foi aprovada a adesão ao dia nacional de greve.
Ainda, nesta assembleia foi aprovada uma campanha salarial que pauta: revogação do desconto de 14% dos/as aposentados/as; pagamento do Piso na Carreira com a descompactação da tabela salarial; reajuste do auxílio alimentação, com correção anual e isonomia entre os servidores públicos estaduais; realização de concurso público para todos os cargos.
Santa Catarina hoje é um dos estados com maior número de contratos de trabalhadores temporários da educação, superando 60% em comparação com o quadro de trabalhadores efetivos.
A assembleia do dia 12 também aprovou um plano de lutas de 28 pontos, entre eles: revogação do Novo Ensino Médio, com discussão conjunta com toda a comunidade escolar; formação de comitês para revogação Novo Ensino Médio; gestão democrática das escolas, com eleição direta para Diretores; luta permanente pela garantia de liberdade de cátedra; políticas permanentes de prevenção e combate a violência contra as escolas; entre outros. Todos os 28 pontos do plano de lutas podem ser conferidos no site do SINTE-SC.
O sindicato também havia iniciado uma mesa de negociação com o governo de Jorginho Mello, com uma audiência que estava prevista para ocorrer no dia 14 de abril. Contudo, a audiência foi adiada e o governo não deu mais retorno ao sindicato acerca da continuidade da mesa de negociação.
Desse modo, as regionais do Sindicato estão organizando atos a serem realizados em todo o estado, junto ao dia de paralisação.
Ainda, em Florianópolis, as regionais do SINTE Florianópolis, São José e Tubarão realizarão um “Ato em defesa da Educação Pública”, a partir das 16h, em frente à Secretaria de Estado de Educação (SED).
Na rede municipal de Florianópolis, dia 26 também ocorre assembleia do Sintrasem para avaliar as negociações pela data-base junto à prefeitura, seguida de ato em defesa da educação pública.
O dia deve ser de fortes mobilizações em defesa da educação no município de Florianópolis.
Ainda, na região da grande Florianópolis, no município de Palhoça, trabalhadores da educação se encontram em estado de greve, pois a proposta apresentada pela prefeitura para a data-base não atende às reivindicações dos trabalhadores.