Mariana Nascimento – Redação UFSC à Esquerda
O Centro Acadêmico Livre de Pedagogia (CALPE) compartilhou para hoje um chamado de ato às 13h30, horário de início das aulas do curso, para protestar contra a manifestação racista no Centro de Ensino. Motivados pelo caso, o Coletivo Negro Magali da Silva Almeida do Curso de Serviço Social, chamou um espaço de discussão para estudantes negros da UFSC, para 05/10 às 19h na sede do Disretório Central dos Estudantes (DCE).
Ontem (28), foi reportada à coordenação do Curso de Pedagogia uma manifestação racista, direcionada a uma estudante do curso, em um dos banheiros femininos do bloco de salas de aula do Centro de Ciências da Educação (CED). Ao tomar ciência da situação, a coordenação interrompeu as aulas do curso para dialogar com os estudantes sobre o ocorrido e os liberou para voltar às aulas.
Porém, o CALPE organizou rapidamente uma assembleia do curso para dar consequência política ao caso. Segundo um estudante do curso que preferiu não se identificar, os estudantes tomaram essa iniciativa, pois foram tomados por um sentimento de revolta e indignação que não era possível voltar à sala de aula e continuar com o dia e aulas como se nada significativo tivesse acontecido. Ainda segundo esta fonte, foi um movimento coeso entre muitos estudantes que se colocaram à disposição para mais e maiores intervenções de solidariedade política para com a colega do curso.
Além dos discentes do curso que tiveram todas aulas suspensas, estiveram presentes na Assembleia Estudantil, segundo nota da coordenação do curso, docentes curso de Pedagogia, a direção de Centro, a diretoria da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), representação da Coordenadoria de Relações Étinico Raciais (Coema). O espaço foi um primeiro momento de reunião e discussão.
Há cerca de dois meses, antes do recesso escolar, o mesmo banheiro feminino foi pichado com frases de caráter transfóbico, logo após a eleição do Centro Acadêmico, quando a Gestão Antonieta de Barros tomou posse. O CA fez diversas atividades junto ao curso para combater a violência de gênero.
Confira a nota do CALPE lançada hoje na íntegra: