Marcelo Ferro – Redação do UàE – 14 de setembro de 2017
Durante o dia de hoje, trabalhadores de diversas categorias, técnicos administrativos em educação, professores e estudantes das IFES se unem para lutar em defesa do serviço público, contra a Reforma da Previdência, contra o congelamento dos gastos e os programas de desligamento voluntário (PDVs), e pela revogação da Reforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações.
O dia de lutas foi puxado pelas entidades que compõe o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE). Os atos estão sendo realizados em diversos estados, em unidade com metalúrgicos, petroleiros, bancários e trabalhadores dos correios, que lutam contra a precarização das suas profissões.
Além dos atos, universidades públicas de todo o país, que passam por um intenso corte de recursos, paralisaram para aderir à luta. Na UFSC, os TAEs deliberaram pela paralisação, porém, com baixa adesão à assembléia.
ANDES debate a conjuntura Como atividade para o dia de lutas, a seção sindical do ANDES-UFSC realizou pela manhã, em parceria com a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), um debate sobre a conjuntura e os rumos dos ataques ao serviço público. Participou a presidente do ANDES-SN, a professora do curso de Serviço Social da UFF, Eblin Farage.
Em sua análise, os ataques que se aceleram com Temer são parte de um projeto de Estado e de nação que está em curso desde a década de noventa, e que se intensificam agora contra o serviço público. Ela apontou como a categoria dos docentes está entre as mais vulneráveis a esses ataques, sendo por um lado aberta aos PDVs e por outro ameaçada pelo crescimento do Ensino à Distância nos cursos presenciais e pela contratação de professores voluntários.
Na perspectiva do ANDES, o foco das lutas deve se voltar para a reorganização da classe trabalhadora e para a construção de um projeto de Estado e de nação que se oponha ao projeto em curso, o da ordem do capital.