Foto UàE da Greve Geral em Florianópolis em 14 junho 2019
Ato na greve geral em frente a catedral de Florianópolis - 14/06/2019 - por UFSC à Esquerda

[Notícia] Manifestações e paralisação pelo Brasil no 14J

Foto: Ato na greve geral em frente a catedral de Florianópolis – 14/06/2019 – por UFSC à Esquerda

Leila Regina – Redação do UàE – 17/06/2019

Na última sexta-feira, 14/06, a reforma da previdência foi rechaçada em todo o país. A Greve Geral contou com paralisações em mais de 100 cidades, e em vários setores e categorias. Conseguimos apurar atos no Acre, Alagoas, Amapá, Amazona, em diferentes cidades na Bahia, no Ceará, DF, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e no Tocantins. Enfim, todos os estados e o DF tiveram atos e paralisações.

Mesmo com as paralisações, que afetaram o transporte e circulação de pessoas nos grandes centros, os atos foram grandes, com muita gente na rua. Segundo levantamento do G1 houve atos em 200 cidades, já em mapa organizado pela CUT foram 380 localizações diferentes no país com atos.

As centrais sindicais, apesar de ponderaram algumas categorias que não aderiram a paralisação, fizeram uma avaliação positiva de greve. Em SP, por exemplo, a paralisação no transporte público foi parcial. Apesar da deliberação em plenária favorável a greve, depois de reunião entre prefeito e dirigente do sindicato dos motoristas de São Paulo a paralisação foi descartada.  

Ainda assim há confiança de dirigentes das centrais de que a sociedade tenha demonstrado ser contra a reforma da previdência, mesmo com as mudanças do projeto do relator. Ainda serão feitas reuniões para avaliar os próximos passos do movimento contra a reforma da previdência, certamente ainda há muita luta pela frente.

Em Salvador e em Brasília, por exemplo, os terminais de ônibus ficaram vazios. Em Campinas, Santos, Cubatão, Rio de Janeiro e Recife rodovias e vias de acesso foram bloqueada, inclusive em Cubatão pelos petroleiros. Em Florianópolis o indicativo é de que mais de 30 mil pessoas estiveram na rua no ato durante a tarde no centro, isso mesmo com o transporte coletivo paralisado e barreiras durante a manhã no trânsito da cidade.

Há relatos de repressão em vários pontos do país, com uso de de bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes, prisões e agressões de policias. Foram presos 51 manifestantes em Porto Alegre e 10 em São Paulo. No RJ, 2 pessoas foram presas após confronto com policiais em que houve o uso de balas de borracha.

A cobertura da mídia hegemônica destacou que os protestos desse dia 14 de junho não indicam perigo à reforma da previdência, pauta consensual entre a grande mídia e o governo. A cobertura fez parecer que os protestos tinham caráter apenas partidário, quando isso não corresponde a realidade. A população já entendeu que esta reforma significa o fim da previdência pública e que é preciso combatê-la. Se for preciso falar mais alto para que entendam, assim será!

 

 

 

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