Marcelo Ferro – Redação do UàE – 25/04/2018
Em uma assembléia com mais de 5 mil trabalhadores, nessa segunda (dia 23/04), a categoria dos municipários afirmou decididamente pela manutenção da greve e da luta pela qualidade do serviço público, contra o projeto de lei do prefeito Gean Loureiro que permite a administração da Saúde e da Educação Básica por Organizações Sociais.
No sábado (21/04), feriado de Tiradentes, o projeto de lei foi votado na Câmara de Vereadores de Florianópolis após ser colocado no regime de tramitação de urgência urgentíssima, sem que fosse discutido amplamente com a população de Florianópolis, sendo apresentando apenas por meio de propaganda da Prefeitura.
Entenda mais sobre o projeto de lei do prefeito: https://ufscaesquerda.com.br/noticia-em-greve-contra-as-os-trabalhadores-municiparios-sofrem-ofensiva-da-prefeitura-e-de-vereadores/
Leia também o texto de opinião de Maria Alice de Carvalho: https://ufscaesquerda.com.br/opiniao-organizacoes-sociais-parcerias-publico-privadas-como-a-falsa-solucao-dos-problemas-da-sociedade/
Na assembléia do Sintrasem, os trabalhadores também repudiaram a truculência da polícia no sábado, que reprimiu os manifestantes com spray de pimenta e bombas de efeito moral. Vários trabalhadores, trancados dentro da Câmara de Vereadores, passaram mal com os efeitos do spray. No auge da sessão de votação do texto, um trabalhador da Comcap foi rendido pelos policiais e foi mantido preso por uma hora.
Hoje, o sindicato dos municipários realizou mais um ato, que contou com o apoio dos trabalhadores do transporte urbano e de várias outras categoriais, assim como dos estudantes. O Sintrasem tem tentado negociar com a assessoria do prefeito, que tem, contudo, se mantido inflexível em sua recusa ao diálogo.