Os primeiros nove pacientes Covid vindos de Porto Velho, capital de Rondônia, desembarcaram no aeroporto de Porto Alegre na madrugada desta quarta-feira (27/1). Foto: Felipe Dalla Valle/ Palácio Piratini
Morgana Martins – Redação UàE – 05/02/2021
No dia de ontem, o Brasil chegou ao 15º dia consecutivo com média de mais de mil mortes por covid-19. Hoje, dia 05 de fevereiro, o país contabiliza mais de 228 mil mortes, segundo país com mais mortes no mundo.
Trata-se do segundo período mais longo em toda a pandemia no qual o Brasil apresenta média móvel acima de mil mortes por covid-19, outro pico de mortes como esse ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias). Neste intervalo, foram 1.097 óbitos em média.
Além disso, as redes públicas de 16 estados anunciaram a volta às aulas, inicialmente de forma remota, para o mês de fevereiro, enquanto os outros 9 estados e o Distrito Federal programam o retorno a partir de março. Porém, as escolas visam iniciar de forma remota e planejam uma forma híbrida de ensino para os próximos meses: parte virtual e parte na escola.
Essa estratégia de retorno híbrido foi utilizada no Instituto Educacional Jaime Kratz, em Campinas (SP), desde o dia 25 de janeiro deste ano. As aulas haviam sido retomadas por meio de rodízio com 35% dos alunos presentes. Porém, na segunda-feira (dia 1°), a instituição anunciou a suspensão das atividades presenciais, pois 39 funcionários e 8 alunos testaram positivo para Covid-19.
Isso que ocorreu em Campinas nos deixa pistas do que poderá significar o retorno presencial das escolas, mesmo com o que está sendo considerado como “medida de segurança”. No ano passado, vimos isso ocorrer em países da Europa, como a França, país que, após 3 semanas de reabertura das escolas teve de suspender a decisão para mais de 80 escolas por conta do surgimento de casos de Covid-19 entre os alunos.
Mesmo que a vacina tenha chegado ao país, as 3 milhões de doses aplicadas equivale a 1,44% da população brasileira. Até o momento, a imunização engloba o primeiro grupo definido pelo Ministério da Saúde: trabalhadores de saúde; pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência; indivíduos com deficiência que vivem em instituições de longa permanência; e população indígena.
Portanto, ainda estamos em uma situação extremamente preocupante em relação ao vírus. Isso fica claro quando vemos nas notícias que o estado de São Paulo registrou o maior número de mortes por Covid-19 no ano de 2021 neste dia 2 de fevereiro; que no Cemitério da Vila Formosa (SP), o maior da América Latina, ocorre um enterro a cada 24 minutos, ou 60 por dia; e que Santa Catarina tem aumento de casos ativos pelo terceiro dia consecutivo e o oeste do estado não tem mais vagas na UTI. Além do colapso no sistema de saúde de Manaus que ocorreu no mês de janeiro deste ano.