Montagem UàE com base em foto de Josue Marinho/Wikicommons e cartaz de manifestante.
Nina Matos – Redação UàE – 10/11/2021
Dois policiais militares (PM) atacaram, na última sexta-feira (5), uma jovem enquanto ela segurava seu filho, um bebê de colo. A ação violenta ocorreu à noite, na região central da cidade de Itabira, no estado de Minas Gerais (MG).
A jovem, uma mulher negra, foi abordada por dois PM de maneira violenta, sendo derrubada no chão e contida com o joelho de um dos policiais em seu pescoço.
A manobra, por si só, já demonstra a truculência da PM. Foi com esse golpe que George Floyd foi morto em maio de 2020 por um policial nos Estados Unidos. Além disso, a jovem foi derrubada e pressionada contra o chão enquanto segurava seu filho mais novo, um bebê de colo.
A cena, ainda, foi presenciada pelo outro filho da jovem e por diversas testemunhas, que tentaram impedir a violência, mas foram ameaçadas pelo outro PM, que apontou sua arma em direção às testemunhas.
Em nota, a PM-MG buscou justificar a ação alegando que a criança não sofreu lesões físicas. Além disso, acusam a mãe de ter usado o próprio filho de escudo para impedir que a polícia realizasse a apreensão de uma arma de fogo ilegal.
O caso repercutiu nas redes sociais com a divulgação de imagens de câmeras de segurança e de gravações feitas por testemunhas. Com a repercussão, o Ministério Público anunciou a abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para investigar a conduta dos PM.
Na segunda-feira (8), um grupo de manifestantes realizou uma manifestação contra a ação da PM. A concentração foi no local onde ocorreu a agressão, partindo em ato até a Câmara Municipal.