Por Maria Fernadez da Redação do UàE em 05 de maio de 2017
Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer, que havia sido flagrado correndo com uma mala de dinheiro, foi preso no último sábado dia 03 de maio.
Articulações para manutenção do seu foro privilegiado foram feitas no Planalto, como noticiado na última semana. Entretanto com a negativa de Serraglio de assumir o ministério da Transparência, Lores acabou por perder sua posição como deputado e assim também seu foro privilegiado.
Com a prisão de Loures a posição de Temer na presidência fica ainda mais frágil, mesmo que a defesa de Loures afirme que não haja previsão de acordo de delação premiada em vista. A possibilidade de ele revelar mais detalhes da ligação do presidente às denúncias de corrupção pode diminuir o apoio de sua base e abrir possibilidade para uma denúncia da Procuradoria Geral da República, o que aumentaria o risco de uma decisão não favorável ao presidente no julgamento do TSE.
O cerco se fecha contra o presidente, e seu governo marcado por um forte apoio de deputados e senadores, pode não contar mais com esse suporte. Nos resta saber se essa fragilidade também impedirá o andamento dos ataques a classe trabalhadora por meio das contrarreformas.