Imagem: O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante entrevista à imprensa no Palácio do Planalto, sobre as empresas públicas que serão incluídas na lista de privatização até o final do ano. Foto: Valter Campanato/Ag. Brasil
Leila Regina – Redação UàE – 21/08/2019
No dia de hoje, 21/08, o governo Bolsonaro anunciou um aumento das previsões de privatização, o anuncio ocorreu no planalto após reunião do presidente com o Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI). Anunciado pelo ministro da Casa Civil, Onyz Lorenzoni, o pacote, que aprofunda a política de liquidação do patrimônio do povo brasileiro, agora inclui parques nacionais e presídios.
O PPI já conta com seis empresas qualificas desde Temer, a previsão do governo é que 17 estatais federais sejam privatizadas ainda este ano. Entre os planos de privatização há estudos sobre: Porto de Santos; Dataprevi (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social); Emgeo (Empresa Gestora de Ativos); Emgea (Empresa Gestora de Ativos); Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada); Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo); Telebras; Correios; além da venda de participação do Banco do Brasil.
Embora os estudos de viabilidade econômica estejam em andamento e ainda demonstrem que haveria perdas de arrecadação com privatização de Correios, Telebras e Correios, por exemplo. Esta constatação técnica deve adiar os planos do governo de privatização ainda em 2019.
O projeto de privatizações apresentado hoje incluía 9 empresas (SERPRO, TELEBRAS, CORREIOS, CODESP, DATAPREV, ENGEA, CEITEC, CEAGESP, ABGF) mas o governo indicou também a possibilidade de privatizações de creches, presídios e parques sem contudo detalhar estes planos. A viabilidade do plano de privatizações será avaliada pelo BNDS.
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Deste do início do ano já foram privatizadas 8 estatais. Há uma transferência do patrimônio público para o setor privado sem precedentes. A chamada “desestatização” tem repercutido na bolsa de valores demonstrando o grande interesse de investimentos estrangeiros nos ativos do Brasil. A certeza é que alguns poucos ganharão muito nesse processo, mas certamente estes não serão os trabalhadores brasileiros.