[Notícia] Reforma da previdência é aprovada na CCJ

Clara Fernandez – Redação UàE – 24/04/2019

Na noite desta terça-feira foi aprovada a constitucionalidade da PEC 06/2019 – proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes, por 48 votos a 18, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. O relator do parecer aprovado foi Marcelo Freitas (PSL – MG) e o Presidente da Comissão foi Felipe Franscischini (PSL – PR). Estes 48 votos, são votos contra a vida da classe trabalhadora. Eles venceram um dos primeiros episódios de tramitação do projeto nas câmaras dos Deputados e Senadores.

Os deputados de Santa Catarina que votaram a favor do projeto foram: Celso Maldaner – MDB, Gilson Marques – Novo, Darci de Matos – PSD, Daniel Freitas – PSL e Caroline de Toni – PSL.

Agora se instalará uma comissão especial para analisar o conteúdo da proposta, que deverá contar com até 40 deputados, indicados pelos líderes dos partidos. A comissão poderá contar com até 10 sessões para apresentação de emendas e no máximo 40 sessões de duração total de tramitação, antes de ir a plenário. Rodrigo Maia declarou que pretendia instalar a comissão nesta quinta (25) ou no dia 07 de Maio.

Na manhã de hoje, a Folha de São Paulo noticiou que com a articulação de Rodrigo Maia e Onyx Lorenzoni, o governo está oferecendo R$ 40 milhões em emendas parlamentares para que os deputados votem favoráveis à previdência. A proposta foi feita na casa de Rodrigo Maia na semana passada. Foi possível confirmá-la com parlamentares do DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade.

Com sigilo de estudos que supostamente embasam o projeto de Reforma da Previdência e a negociação completamente ilegal de emendas parlamentares, fica claro que a última coisa levada em consideração na análise da proposta foi a sua constitucionalidade. Aqueles que se auto-proclamam erradicadores de privilégios, estão atuando para inflá-los. A única coisa que pretendem erradicar são os direitos que ainda nos restam em benefício dos grandes capitais. Como bem colocou a Professora Sara Granemann: “A classe trabalhadora não esquecerá o nome de seus algozes. A luta apenas começou!”.

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