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[Notícia] Servidores em luta pelo reajuste salarial: categorias pelo país já se encontram em greve por tempo indeterminado

Imagem: Reprodução/FONASEFE. Maria Alice de CarvalhoRedação Universidade à Esquerda – 24/03/2022 A última quarta-feira (23) foi mais um dia de luta dos servidores públicos, com manifestações em diversas cidades do país e no Distrito Federal. Ato foi realizado em frente ao Ministério da Economia, onde os servidores têm realizado vigília permanente desde o dia 16 de março.

Os servidores lutam em defesa do reajuste salarial de 19,99% para todas as categorias, percentual referente à inflação acumulada no período do atual governo de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA/IBGE). Os servidores já estão há 5 anos sem reajuste salarial.

Durante a manifestação de ontem, as entidades reunidas no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) entregaram ofício solicitando uma audiência com o governo e protocolaram novamente a pauta unificada de reajuste emergencial dos salários. Além dessa pauta, os servidores lutam também pela revogação da Emenda Constitucional 95 (EC95), do Teto de Gastos; e pelo fim da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, a Reforma Administrativa.

Na última segunda-feira (22), integrantes do Fonasefe se reuniram com representantes do Ministério da Economia, porém não houve avanço na abertura de negociações.

Desde ontem (23), algumas categorias já se encontram em greve por tempo indeterminado, como os servidores do INSS, Ministério da Saúde e DRTs do Rio Grande do Norte, organizados através do Sindprevs-RN; e os Técnicos-administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Instituto Federal (IF) Sudeste MG.

De acordo com balanço realizado pela FENASPS, à registro de adesão à greve dos servidores do INSS nos estados do Amapá (AP), Bahia (BA), Ceará (CE), Goiás (GO), Tocantins (TO), Minas Gerais (MG), Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT), Pará (PA), Pernambuco (PE), Paraná (PR), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), São Paulo (SP) e Distrito Federal (DF). Há também greve dos servidores dos ministérios da Saúde e do Trabalho no MS, Espírito Santo (ES), MG e PR. No Rio de Janeiro (RJ), Maranhão (MA), Amazonas (AM), Rondônia (RO), Roraima (RR), Alagoas (AL), Paraíba (PB) e Sergipe (SE) os servidores se encontram construindo a mobilização, conforme mapa abaixo:

Fonte: Reprodução/FENASPS.

O calendário nacional de mobilização prevê, além da vigília permanente na porta do Ministério da Economia, uma Jornada de Luta nos dias 29, 30 e 31 de março em Brasília, com caravanas da base vindas de todo o país; Ato  Ditadura Nunca Mais no dia 1 de abril em Porto Alegre; Atos por todo o país no dia mundial da saúde, 7 de abril; e dia nacional de luta, pelo Fora Bolsonaro, em 9 de abril. Confira o calendário disponibilizado pelo ANDES/SN:


  O Universidade à Esquerda (UàE) e a Escola de Formação Política da Classe Trabalhadora – Vânia Bambirra (Efop), no último episódio de seu Programa de Entrevistas Prelúdio, convidou Eblin Farage para debater a atual situação do Serviço Público e a construção das lutas dos servidores, onde foram levantadas grandes contribuições para a construção da greve do funcionalismo, confira aqui.

Eblin Farage tem contribuído com o debate também através de sua Coluna no UàE, confira seu artigo intitulado É hora do funcionalismo público fazer greve?.

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