Foto: Assembleia dos Metroviários de São Paulo; por Paulo Iannone / Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Maria Alice de Carvalho – Redação UàE – 23/05/2019
O dia 14 de Junho está sendo chamado pelas centrais sindicais como dia de Greve Geral contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro.
Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo, em Assembleia no dia 16 de maio, decidiram por aderir à Greve Geral do dia 14 e construí-la junto aos outros trabalhadores do país. No dia 06 de maio, os metroviários paulistas já haviam também decidido pela construção da Greve Geral, durante movimento nacional.
Leia também: [Notícia] As atuais lutas travadas pela classe trabalhadora em diferentes países do mundo.
Na próxima terça-feira (27), às 14h, os trabalhadores do transporte – rodoviários, metroviários, ferroviários, caminhoneiros e autônomos, setor aéreo, portuário e marítimo – se reunirão em Plenária Estadual dos Sindicatos de Trabalhadores em Transportes de São Paulo para definir sua atuação na mobilizações contra o desmonte da previdência e para organizar a Greve Geral.
Os motoristas e cobradores de ônibus, além de aderirem à Greve Geral, decretaram também greve por reivindicação de reajuste salarial que recomponha a inflação do período (4,94%), mais aumento real de 3%, vale-refeição de R$ 27,00, participação nos lucros ou resultados (PLR) de R$ 2 mil, seguro obrigatório para cobertura de avarias nos veículos causados por terceiros e garantia de emprego dos cobradores diante das alterações ocorridas na nova licitação, a qual prevê o fim deste cargo.
Ao rechaçar a proposta do sindicato patronal, SPUrbanuss, de um reajuste salarial de 4,18%, aumento de R$ 0,80 no vale-refeição, intervalo de almoço de uma hora sem remuneração, exclusão da PLR e jornada flexível; mais de 8 mil trabalhadores aprovaram por unanimidade, em Assembleia, rejeitar a proposta dos patrões e declarar Greve a partir de 00h00 do dia de hoje (23).
De acordo com o atual presidente do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso), “essa assembleia é uma resposta para os patrões que duvidam da nossa força. A unidade é nosso diferencial. Essa categoria que é forjada na luta tem que ser respeitada pela sua importância e pelo seu enorme poder de organização(…) os condutores não vão se curvar e aceitar passivamente as mudanças absurdas dos patrões. Nova Lei Trabalhista? Aqui, não!”.
Diante da luta desses trabalhadores e do poder de uma greve destes, tão importantes para o funcionamento da cidade de São Paulo, no dia de ontem foi conquistado reajuste salarial de 5,10%. A Greve do dia de hoje, diante dessa conquista, foi suspensa em Assembleia com 5 mil trabalhadores presentes. Porém a luta continua e a Greve Geral se aproxima!