José Braga – Redação UàE – 06/05/2019
Na madrugada de sábado (04 de maio) e de domingo (05) a força aérea do estado de Israel bombardeou o povo palestino na faixa de Gaza. As informações preliminares indicam a brutalidade do ataque. Cerca de 30 mortos, 140 feridos, e 60 prédios residenciais, casas e instalações públicas destruídos e mais centenas parcialmente destruídos e danificados pelos ataques.
Dentre os mortos estão: Maria Ahmad Ramadan Alghazali, uma bebê de 4 meses e seus pais Eman Abdullah Musa Asraf e Ahmad Ramadan Alghazali; Saba Abu Arar, de apenas 14 meses de idade, e sua mãe grávida que estava grávida Falastine Abu Arar; Emad Mohamed Abu Nsair, Khaled Mohamed Helmi Abu Qlaiq, Mahmoud Sobhi Issa e Fawzi Abdulhalim Bawadi; Amani Amadhoun, grávida de 09 meses; Fadi Ragheb Badran, Hamed Khudari, Khaled Mohamed Helmi Abu Qlaiq e Emad Nsair.
O absurdo do ataque é tamanho que bebês foram atingidos. Não há qualquer justificativa para mais este massacre.
Centenas de pessoas perderam suas casas devido aos ataques do estado de Israel neste final de semana. Locais de trabalho, escolas, carros, terrenos cultivados de alimentos, e ambulâncias também foram danificados pelas bombas. E ainda os portos de pesca de Rafah, Gaza e Khan Younis foram atingidos.
Durante o ataque, o prédio da agência de notícias turca Anadolu foi atingido.
O ataque a Gaza não termina aí. Israel interrompeu a importação de combustível para os palestinos e fechou os pontos de passagem na fronteira com Gaza. A área de pesca na costa também foi fechada.
Já na sexta-feira às forças militares do estado de Israel vem atacando os palestinos em Gaza. As informações disponíveis dão conta de que Raed Khalil Abu Tair, Alaa Ali Albobaly, Abdullah Ibrahim Abu Mallouh and Ramzi Rawhi Hasan Abdah foram assassinados pelas forças militares israelenses.
No mesmo dia um protesto da Grande Marcha do Retorno foi atacado por snipers israelenses na fronteira com Gaza. O jornralista Emad Badwan foi ferido. E Fatmah Hjazi foi atingida por um tiro na cabeça e está hospitalizada em condições críticas. Os ataques de snipers de Israel aos protestos da Grande Marcha do Retorno tem sido uma constante terrível nas manifestações.
Estes ataques teriam motivado uma resposta de alguns setores em Gaza que lançaram foguetes direcionados a Israel, dos quais a maior parte foram derrubados por defesas antiaéreas ou atingiram locais inabitados. Quatro israelenses teriam sido mortos.
É isto que tem sido usado como desculpa para lançar toneladas de explosivos sobre um povo confinado. E também enfatizado pela mídia burguesa como que indicando que a violência parte de ambos os lados. Isto é mera canalhice. Não há que se ter dúvidas este é mais um massacre promovido pelas forças do estado de Israel em Gaza.
A violência de Israel é tamanha que em 2019 somam-se 174 ataques a jornalistas realizados pelas forças armadas israelenses em Gaza. Não fosse este corajoso trabalho ao lado daqueles que lutam e resistem a uma opressão brutal poucas informações teríamos sobre o que se passa com o povo palestino na faixa de Gaza.