Jussara Freire – Redação UàE – 13/06/2019
Em informe lançado ao fim da tarde no site de notícias da UFSC, a Administração Central informa que as orientações frente a Greve Geral do dia 14 de Junho é manter a normalidade das aulas, com no máximo a sugestão de que se evite aplicar avaliações, mesmo com paralisação de todo o transporte público da cidade, o restaurante universitário fechado e a imprevisibilidade de funcionamento das bibliotecas da Universidade.
Na última semana, os técnicos administrativos em educação e cerca de 30 cursos também deliberaram por paralisar para a Greve Geral. Por toda a cidade haverá paralisações de diversas categorias de trabalhadores: servidores municipais, transporte urbano, bancários, servidores estaduais da saúde e da educação e trabalhadores da Comcap.
Em outros momentos críticos, como durante a greve dos caminhoneiros em 2018, a instituição veio a suspender o seu funcionamento. Na greve geral de 2017 a UFSC divulgou os encaminhamentos de cada setor da instituição e dos centros de ensino, informando e não interferindo com orientações que fossem contra as deliberações das categorias, apenas orientando que nos locais em que as atividades fossem mantidas, também se viabilizassem alternativas para não prejudicar estudantes que não pudessem estar presentes em avaliações e provas.
Nas últimas mobilizações em defesa da educação, como o 15 e 30 de Maio, a administração central não teve este tipo de intervenção. Adotá-la neste momento é apostar em um tipo de corporativismo que nunca serviu e nem virá a servir para salvar a Universidade dos absurdos deste Governo. Como nos aponta Virgínia Fontes em sua entrevista ao UàE, a luta em defesa da universidade pública tem que sair de dentro da universidade, tem que ir para a rua, e não se limitar a discutir com o ministro.
Em um momento decisivo como este em que vivemos quanto ao futuro da Universidade e a retirada do direito de aposentadoria de todos que hoje a compõem, assim como o restante da sociedade, além dos altos índices de desemprego que também dizem respeito a todos nós, é vergonhoso que a Administração se posicione de forma a desrespeitar as paralisações previstas. As contrareformas que o Governo Bolsonaro está realizando vêm recaindo nas costas de todos nós. Ao atuar desta forma, a Reitoria da UFSC se coloca contra a defesa do futuro da Universidade Pública e de todos aqueles que hoje compõem o seu corpo.
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…sendo assim sem sobrecarregar,e estar pronto para as cobranças que exigem as funções representadas durante sua atuação.